E o Santos foi campeão

E o Santos foi campeão

O Santos entrou para fazer o resultado. O Palmeiras, apático. Dudu e Geuvânio foram expulsos e até agora não há tira-teima que explique o porquê. Nem o palmeirense, muito (mas muito) menos o santista. Covardia do apito, da falta de critérios, e da pobreza que virou nosso futebol.

Robinho, novamente decisivo, deu dois passes para gol (o primeiro, com consciência, o segundo, contando com a competência de Ricardo Oliveira).

Após as expulsões, pior para o Santos, que perdeu as pernas e o pulmão do envelhecido - porém competente - ataque. O Palmeiras perdia aquele que poderia já ter decidido a fatura no pênalti na primeira partida.

O Palmeiras voltou melhor. Diminui. Quase empatou e liquidou a fatura - um segundo gol palestrino foi corretamente anulado.

Valdívia, cansado e amarelado, saiu. Robinho também. Nos pênaltis, Prass não brilhou. Vladimir sim. Defendeu a cobrança de Rafael Marques, e Jackson carimbou o travessão.

Volta olímpica na Vila. Oswaldo, que não soube matar os jogos quando teve a chance, vice novamente. Como em 2014, escorregou na hora h. Cleiton Xavier não poderia ser banco. Dudu, destemperado e muito menos jogador do que dizem que é, não pode ter lugar cativo no time. Arouca fez falta, e Robson, ainda que aplicado, não tem cacoete para fazer o excelente trabalho do volante.

Santos e Palmeiras, que tiveram um 2014 infeliz, têm algo a comemorar. O Santos, mais um título. O Palmeiras, a certeza de estar no caminho certo para voltar a ser aquilo que a gente espera que o verdão seja.

 

Foto: UOL

 

Rafael Gonçalves é jornalista, locutor, escritor de fundo de gaveta, chef do videoblog Carecas na Cozinha, cantor de chuveiro e ex-goleiro. Mestre em Comunicação e Inovação, amante de futebol das bolas redonda e oval, baseball e quatro rodas. Roqueiro apaixonado por Michael Jackson e Frank Sinatra. Sigam no www.twitter.com/faelgo.

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