A vitória por 3 a 1 sobre seu maior rival no vôlei deu a primeira colocação do Grupo F da segunda fase, mas os adversários da terceira fase só foram definidos mediante sorteio

A vitória por 3 a 1 sobre seu maior rival no vôlei deu a primeira colocação do Grupo F da segunda fase, mas os adversários da terceira fase só foram definidos mediante sorteio

José Ricardo Leite

Do UOL, em Katowice (Polônia)

Único time invicto, com nove vitórias em nove partidas. Apenas quatro sets perdidos e 27 vencidos. Melhor campanha disparada até agora do Mundial masculino de vôlei. Mas nada disso valerá a partir de terça-feira e uma única derrota pode ser decisiva para uma desclassificação. A seleção brasileira diz estar ciente de tudo isso e usa o triunfo sobre a arquirrival Rússia apenas como motivação e padrão de jogo a ser seguido.

A vitória por 3 a 1 sobre seu maior rival no vôlei deu a primeira colocação do Grupo F da segunda fase, mas os adversários da terceira fase só foram definidos mediante sorteio na noite de domingo, horas depois da partida. Agora, no triangular que fará com a própria Rússia e a anfitriã Polônia, todos jogam contra todos e apenas dois sairão para as semifinais. As outras equipes que passam para a semi virão do grupo com França, Irã e Alemanha.

E a melhor campanha até agora da competição de nada servirá nesta fase. Caso haja empate entre equipes, os critérios de desempate envolvem apenas resultados, sets e pontos referentes ao próprio triangular. Assim, enquanto comemoravam a vitória sobre os russos no domingo, os brasileiros ressaltavam também que o valor era mais simbólico. Isso sem nem saber que o sorteio da noite os jogaria novamente para um confronto com a Rússia.

"Nada, sinceramente nada (valeu a vitória). O que vale é um bom padrão de jogo, contra quem for. Mas não vale nada, temos que pensar na próxima fase e manter o padrão de jogo, foco e concentração pra terceira fase. Começaremos do zero e a equipe está muito focada", falou o capitão Bruninho.

"É uma moral boa (ganhar da Rússia), mas sabemos que a partir de agora não vale nada. Sabemos que se não ganharmos os próximos dois jogos não adianta nada. Mesmo a Rússia sendo um dos nossos principais adversários no futuro", falou Lucão.

Se em termos de caminho mais fácil a primeira colocação não tinha tanto valor, pelo menos a vitória sobre os russos evitou qualquer tipo de baque psicológico com uma eventual derrota. "Essas vitórias nos fortaleceram. Não tem nada ganho, mas perder é ruim porque traz insegurança e questionamento. Agora tem mais confiança, mas com pés no chão", falou Leandro Vissotto.

Até agora, o Brasil venceu Rússia, Canadá, China, Bulgária, Cuba, Coreia do Sul, Finlândia, Tunísia e Alemanha nas duas fases que disputou. O país campeão terá que fazer um total de 13 jogos para se sagrar campeão.

O próximo jogo será na terça-feira, às 11h30 (horário de Brasília). Depois, joga na quinta, no mesmo horário.

Recuperação de atletas

O Brasil terá praticamente dois dias para recuperar três de seus principais atletas para o primeiro jogo do triangular final que disputará nesta semana. Wallace torceu o tornozelo esquerdo e saiu mancando do jogo. Teve que abandonar o jogo no segundo set.

Já Sidão foi poupado no terceiro set em função de dores no joelho direito e deixou o terceiro set só por precaução. O mesmo ocorreu com o ponteiro Murilo, com saiu no último set por uma fisgada na coxa direita. O último fará exame na segunda para saber a gravidade.

"O Wallace chocou o pé de forma acidental, estava mancando e temos que esperar. O Sidão vem carregando um problema quando salta, vamos aguardar e foi melhor ter poupado. Já o Murilo talvez tenha feito sua melhor partida dele hoje e vamos esperar pela recuperação", falou o técnico Bernardinho.

FOTO: UOL

Últimas do seu time