A mudança entre dois extremos não acontece por acaso

A mudança entre dois extremos não acontece por acaso

A diferença de desempenho de Luis Fabiano entre o fim de 2013 e o momento atual é imensa. Se ele terminou novembro na reserva de Aloísio, o Boi Bandido, e no pior de todos os momentos da carreira, hoje o camisa 9 vive fase completamente diferente. Ninguém contesta o Luis Fabiano atual, que não se machuca e marca mais gols do que o próprio torcedor são-paulino está acostumado, e alguns até pedem sua inclusão na lista da seleção brasileira que disputará a Copa do Mundo.

A mudança entre dois extremos não acontece por acaso. Apesar do próprio atacante sempre argumentar que o que faz diferença em 2014 é a pré-temporada bem feita, há cinco fatores determinantes, alguns consequência disso, que mostram por que o Luis Fabiano atual vive fase tão boa.

O eterno desfalque hoje joga todas

Entre o retorno do Sevilla (ESP), em março de 2011, e o fim de 2013, Luis Fabiano era desfalque do São Paulo em um a cada dois jogos. A média de frequência do camisa 9 nos jogos era de cerca de 50%. Fosse por suspensão, lesão ou opção da comissão técnica em poupá-lo, o atacante só conseguia jogar metade das partidas do clube. Em 2014, a frequência em campo sobe para 89%. Jogou em 17 das 19 partidas do ano. A pré-temporada pode ter feito a diferença física para que se evitassem lesões e desgaste acima do esperado, mas ele mostra que mudou também o comportamento em campo. Os frequentes casos de indisciplina já não aparecem mais.

Em 2014, Luis Fabiano marca mais gols do que nunca

Luis Fabiano tem 190 gols pelo São Paulo e já é o terceiro maior artilheiros da história do clube. Essa marca foi construída em mais de uma década atuando pelo São Paulo, somando-se as passagens de quando saiu da Ponte Preta e foi para o Porto (POR), e desde quando voltou do Sevilla (ESP). Apesar de ter ficado famoso pelos gols marcados, tudo aquilo que Luis Fabiano fez pelo São Paulo de 2001 a 2013 é menos efetivo do que o que ele faz em 2014. Em todos os anos de clube, antes dessa temporada, foram 178 gols em 267 jogos, com média de 0,67 gol por jogo. Em 2014, são 12 gols em 17 jogos, com média de 0,7 gol por jogo.

Boi Bandido foi e ninguém veio

O São Paulo de 2014 se reforçou com qualidade: Alvaro Pereira, Dorlan Pabon, Luis Ricardo, Alexandre Pato e Souza chegaram no início do ano, antes de Hudson, recentemente. Mas não houve reposição para a reserva imediata de Luis Fabiano, algo que anova diretoria agora procura. Luis Fabiano não se acomodou sem um concorrente direto, como mostram os números, mas teve mais tranquilidade para trabalhar. Não foi substituído e jogou mais vezes do que se esperava, o que facilitou.

Assistências que chegam

Se no fim de 2013 e durante a crise Luis Fabiano foi servido por companheiros de ataque como Ademilson, Welliton, Douglas e Osvaldo – este em péssima forma – num time que não conseguia se acertar, hoje o camisa 9 tem parceiros mais eficientes, e numa equipe muito superior àquela que quase oi rebaixada no último Brasileirão. Alexandre Pato, Ganso, Boschilia e Osvaldo – agora em melhor forma – são os que passam bolas. Além deles, Alvaro Pereira cruza pela esquerda e Douglas, de volta à lateral, pela direita.

O sonho da seleção voltou

Até o ano passado Luis Fabiano mostrava total pessimismo em relação à Copa do Mundo. Dizia que o técnico Luiz Felipe Scolari já tinha fechado suas escolhas para a posição. Neste ano, em boa fase, manteve o discurso, mas afirmou que não se considera inferior a Fred e Jô, virtuais convocados para o torneio. Titular da seleção brasileira na última Copa do Mundo, Luis Fabiano voltou a ter esperanças. Hoje o objetivo do centroavante do São Paulo é ser incluído na lista de suplentes para o torneio.

FOTO: UOL

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