O que será o amanhã? Como vai ser o meu destino? Já desfolhei o mal-me-quer, primeiro amor de um menino... Alô, povão, agora é fé! Da série “intensidade é pau dentro”, a concorrida reapresentação de Tite no Corinthians deixou bastante claro que o treinador, apesar de todos os riscos e da pressão que será submetido, está convicto de que fez a opção certa.
Detesto fazer analogia entre futebol e sexo, mas, em nome do didatismo, abro mão da classe, marca registrada da coluna: o fato é que entrevista coletiva é como xaveco pré-coito: pouco importa o que o bacana diz da boca para fora, mas sim o que ele “diz” com as suas expressões, caras e bocas...
Enquanto Tite, experiente e muito bem orientado, media as equilibradas palavras, declarava que não tinha nada certo com o Corinthians e que só começou a negociação após o Brasileiro, frases pensadas para não ferir a sensibilidade do antecessor Mano Menezes e da diretoria atual, que está limpando as gavetas, o seu tom de voz, o olhar, o mexer dos braços urrava e revelava o que realmente pensa e sente:
“Pqp, tô de volta: que se dane que eu tenho mais a perder do que ganhar, tô de volta para o lugar onde virei o melhor técnico do país e onde escrevi meu nome como o principal técnico da história corinthiana”. Foi isso que Tite disse sem dizer!
Futebol, já diria o outro, é “uma caixinha de surpresas” e há sempre os fatores acaso, sorte e imprevisibilidade.
Fora isso, competência Tite tem. De sobra. E se havia alguma dúvida de sua motivação após ficar um ano fora do mercado de trabalho, ela acabou em sua apresentação: Tite está babando para mostrar que ele está certo em considerar uma aberração a opção de CBF por Dunga.
4-2-3-1
Em seu ano sabático, Tite acompanhou o trabalho de vários técnicos de ponta, como Carlo Ancelotti (Real Madrid), revelou que foi à procura de novos métodos de treinos ofensivos... E deixou claro que iniciará 2015 dando continuidade ao 4-2-31 de Mano Menezes. E que Sheik, como todo o mundo que tem contrato, terá oportunidade.
Saravá, são Jorge
Da série “que seja eterno enquanto dure”, o contrato de Tite com o Timão é de três anos, até o final de 2017! Mas não prevê multa rescisória. Resumindo, tanto o treinador quanto o clube podem romper quando bem entenderem e aquele abraço. Sou contra multas... Mas, neste caso, não há a menor relevância da duração contratual.
Cruz Azul: a eterna cascata mexicana!
Mexicano em Mundial de Clubes é como o Inter, desde 1979, em Brasileirão: todo ano, os gênios do “agora vai” dizem que podem ganhar o caneco e blá-blá-blá... E nunca acontece nada! Com o Cruz Azul, óbvio ululante, não foi diferente: sem esforço algum, o Real Madrid avançou à final, 4 a 0. E sem gol de Cristiano Ronaldo!
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na web!
