Eu quis dizer, você não quis escutar... Alô, povão, agora é fé! Oswaldo de Oliveira chega ao Palmeiras para ser o primeiro treinador a dirigir os oitos grandes times de São Paulo e Rio, fato que resume bem a sua experiência e currículo.
Não são só meras passagens, são trabalhos: Oswaldo é um daqueles poucos técnicos que são melhores do que a fama! Não é um caso isolado, mas há muito mais gente que custa mais do que vale...
Mesmo assim, considerando-o um bom técnico, dos melhores do nosso fraquíssimo mercado, acho que a diretoria do Palmeiras, mais uma vez, errou. E explico minhas razões: apesar das passagens por Vasco, Fluminense, Flamengo, Botafogo, São Paulo e Santos, Oswaldo é fortemente marcado por sua passagem no Corinthians, onde ganhou Paulista, Brasileiro, Mundial... E ser identificado com o Timão _mesmo sendo carioca e flamenguista de infância_ não o ajuda a conquistar a impaciente torcida que canta, vibra e corneta.
A identificação com o Curintchá, no entanto, não é o principal motivo para eu achar que o Parmera escolheu mal. O problema é de visão de futebol: Oswaldo gosta e arma seus times de forma ofensiva, alegre, para a frente, privilegia a questão técnica, como, aliás, sempre foi a marca das academias palmeirenses... E o elenco horroroso atual pede um técnico mais afeito ao feijão com arroz, alguém que arme o time a partir da defesa, apostando em um contra-ataque.
Errar por errar, melhor errar com Oswaldo do que com Dorival... Agora, quem sabe a diretoria, que acertou em dispensar Brunoro e Omar Feitosa, não surpreenda e, além de Oswaldo, traga jogadores capazes de armar um time do jeito que o novo técnico e a torcida verde gostam?
Racing: bem na fita!