Alô, Carlos Miguel Aidar, São Paulo x Danubio não vale o mesmo que final da Liga dos Campeões

Alô, Carlos Miguel Aidar, São Paulo x Danubio não vale o mesmo que final da Liga dos Campeões

Não quero dinheiro eu só quero amar... Alô, povão, agora é fé! O Corinthians, campeão de público e renda no Brasileiro-2014, jamais vendeu 100% dos bilhetes de seus jogos em Itaquera porque o setor mais caro sempre mica. O São Paulo (que fechou em segundo lugar em público no Nacional-2014), desde 2013, quando ainda lutava contra a degola, passou a colocar bastante gente no Morumbi quando a Juvenal Juvêncio barateou os ingressos.

Não precisa ser economista nem gênio _nem tampouco ter todos os dentes da boca, né, Carlos Miguel Aidar_ para conhecer a básica “lei da oferta e da procura”. Mas Aidar e Mario Gobbi (Roberto de Andrade, no Fox Sports, disse que está revendo a questão do pano Fiel torcedor) mostraram desconhecer. O ridículo público que acompanhou São Paulo 4 x 0 Danubio (16.689) não é fruto do dilúvio nem da derrota para o Corinthians.

Nem adianta botar a culpa na mudança da empresa que vende as entradas. Com preço popular, o Tricolor _segunda torcida do Estado, terceira do país!_ teria colocado, no mínimo, o dobro de pessoas em sua casa. Isso com TV aberta: horário esdrúxulo global, toró e time em crise e tudo!

Futebol é um mundo à parte... Jamais um dono de inferninho da Celso Garcia cobrando um cachê “pay-per-fuck” padrão Bahamas, Connection, Café Photo. Alô, Aidar, São Paulo x Danubio não pode ter preço de final de Liga dos Campeões.

Sou contra, mas, se for para enfiar a faca, a lei da oferta e procura lhe dará razão se o Tricolor chegar à decisão da Libertadores. E, claro, ainda assim, dependendo do tamanho do punhal.

Cruzeirenses foram com muita sede ao pote e não lotaram o Mineirão nem na primeira finalíssima nacional contra o Atlético-MG em toda a história...

São Paulo em preto e branco

O enredo sobre como o time de várzea Cai-Cai se transformou na escola de samba recordista de títulos do Carnaval paulistano é tão saboroso como a própria história em si, mas o documentário “Vai-Vai: 80 Anos nas Ruas”, já em cartaz no cinema, não se limita a informação e entretenimento para sambistas.
 
Em uma batida alegórica, ora acelerada, ora cadenciada, à “Pegada de Macaco”, o filme dirigido por Fernando Capuano é a própria história de São Paulo. Colorida em preto e branco, tendo a escola alvinegra como foco, a cinza metrópole é explicada e sintetizada. Com leveza, na base do rodar das baianas.
 
A fita retrata o “paulistano-mano”, maloqueiro, e também o “paulistano-orra, meu”, filho de estrangeiro. Tal qual um estratégico decote, é um recorte que mostra a São Paulo bandeirante, a São Paulo imigrante, a São Paulo escravocrata.
 
O Bixiga (com “i”, como sempre é mencionado) é mostrado como a periferia no centro, a casa-grande que abre alas para a senzala, a boêmia operária. Para entender São Paulo, Bela Vista é a pista! Cidade-Estado sintetizada pelo Bixiga da nação Vai-Vai! Está lá a história política, econômica, gastronômica e (amém, Nossa Senhora Achiropita, axé, pai Francisco de Oxóssi) religiosa da capital.
 
Se o futebol paulista tem no Dérbi a sua mais emblemática tradução, o samba de São Paulo tem na Vai-Vai, uma espécie de Timão e Verdão somados, a sua identidade sambística. Sem dizer, “Vai-Vai: 80 Anos nas Ruas” diz tudo isso.

 

Até o próximo dia 4 de março, o filme "Vai-Vai: 80 Anos Nas Ruas" está em cartaz, sempre às 18 horas, no Espaço Itaú do Shopping Frei Caneca: clique aqui  e leia a crítica do Blog do Vitão, intitulada "Vai-Vai é São Paulo em branco e preto", versão ampliada do texto acima, publicado na edição desta sexta-feira, 27 de março, no caderno Show! do jornal Agora Sao Paulo. 

Que dureza! 

Em 2014, o futebol brasileiro ficou de fora das semifinais da Libertadores. Agora, passado uma (Corinthians e Cruzeiro) ou duas rodadas (São Paulo, Inter e Atlético-MG), todos correm risco de não avançarem aos mata-matas. O meu palite é que Cruzeiro passa fácil; Timão e Tricolor, com dificuldade; e que Inter e Galo não chegam às oitavas!

Muricy: pensador!

Torcedor é tão desrespeitado que a expressão “jogar para a torcida” é pejorativa. Mas, ao contrário de cartola, ele é grato e respeita quem é identificado com o clube. Muricy foi péssimo na derrota para o Timão, mas é tricampeão brasileiro pelo Tricolor, ligado umbilicalmente com o clube e, pois, mereceu o carinho da galera contra o Danubio.

Paulistão

Uma hora, o fraco e desorganizado (com o carimbo de moderninho) Osasco Audax vai ganhar uma mísera partida. No entanto, não acho que será já, na sétima roda do Paulista...

Palpites de sexta

Audax 1 x 1 São Bernardo

São Bento 2 x 1 Ituano

Palpites de sábado

Palmeiras 3 x 0 Capivariano

Bragantino 0 x 1 Portuguesa

Ponte Preta 2 x 1 Red Bull

Marília 0 x 1 Penapolense

Palpites de domingo

Rio Claro 0 x 2 São Paulo

Corinthians 1 x 0 Mogi Mirim

Santos 4 x 0 Linense

XV de Piracicaba 1 x 1 Botafogo

Acompanhe, diariamente, a coluna Caneladas do Vitão no jornal Agora São Paulo

 

Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na web! É nóis na banca! É nóis na facu (FAPSP)!

Últimas do seu time