Futebol reflete a  sociedade: há muitas formas de mudar. Inclusive aquela que muda para não mudar nada

Futebol reflete a sociedade: há muitas formas de mudar. Inclusive aquela que muda para não mudar nada

Neste sábado, véspera do bélico Fla-Flu das urnas, o texto Patriotismo é o último refúgio dos canalhas, publicado na coluna Caneladas do Vitão, no AGORA, aproveita para mostrar como o microcosmos do futebol reflete a lógica do país (autointitulado) do futebol.
 
José Maria Marin, Marco Polo Del Nero, Dunga e Gilmar Rinaldi são as pessoas certas para comandarem a renovação do futebol brasileiro? 
 
Patriotismo é o último refúgio dos canalhas
 
Há muitas formas de mudar. Inclusive aquela que muda para não mudar nada. Ou, pior, muda para retroceder. Má-fé, marcha a ré. O atraso travestido de inovação é a marca registrada do país do futebol, que só pensa na caixa registradora.
 
Pátria das chuteiras sem memória, de triste história. Limpeza para baixo do tapete. Especialidade do rei do camarote, da rainha do banquete. Menos banho, mais espuma. Não é à toa que a rapaziada da propina tem ojeriza a qualquer comissão que busque a verdade.
 
O mundo da bola, esse microcosmos que tão bem _o que é muito mal_ explica o Brasil, é rico em personagens riquíssimos, elucidativos. Questão de Estado refletida nos estádios.
 
Esqueceram que Ronaldo, o flamenguista que virou corinthiano desde criancinha, era membro do Comitê Organizador Local? Fenômeno de oportunismo desde os tempos em que era goleador, o ex-atacante, na condição de porta-voz do COL, defendeu o investimento público mas arenas quando estava de um lado _“não se faz Copa do Mundo com hospital”_ e tirou o time de campo às vésperas do Mundial (quando não se tinha a sensação de que a Copa das Copas seria o sucesso que foi) quando virou a casaca.
 
Ele não é exceção. Fenômeno corriqueiro no mundo que vive em função da conta corrente. A regra é cada um no seu cada um e deixe o cada um dos outros. Enquanto torcedores se matam _muitas vezes, literalmente_, ex-jogador do Corinthians é apresentado no Palmeiras, cria flamenguista é a solução cruzmaltina, ex-colorado de coração é gremista de alma.
 
Há quem bata palma. Como teve jornalista que bateu palma para Felipão em entrevista coletiva. E agora se esquiva. Enquanto aderem às novas moscas. Dunga e Gilmar Rinaldi são homens do sistema. Têm muito mais a cara da CBF do que a do Brasil, a da seleção (verdadeiramente) brasileira. Alinhados ao discurso ame-o ou deixe-o de José Maria Marin, o ex-governador e deputado biônico da Arena, fã do torturador Sérgio Fleury. E de Marco Polo del Nero.
 
Mudaram sem mudar nada! Já que a seleção virou um produto para inglês ver, vale citar o pensador inglês Samuel Johnson: “O patriotismo é o último refúgio dos canalhas”.
 
Palpites do interminável Campeonato Brasileiro de pontozzz corridozzz: volta, mata-mata!
 
Palmeiras 0 x 1 Corinthians
 
Fluminense 2 x 0 Atlético-PR
 
Chapecoense 2 x 1 Santos
 
Figueirense 0 x 1 Cruzeiro
 
Coritiba 1 x 0 Grêmio
 
Vitória 1 x 0 Criciúma
 
Atlético-MG 2 x 0 Sport
 
Internacional 1 x 0 Bahia
 
Botafogo 0 x 2 Flamengo
 
 
 
 
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na web!

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