Aos 44 anos, canadense retoma carreira nos monopostos

Aos 44 anos, canadense retoma carreira nos monopostos

A grande novidade da F-E em sua segunda temporada nem é uma novidade tão grande assim: o veterano canadense Jacques Villeneuve, aos 44 (não do segundo tempo), volta aos monopostos, pela equipe Venturi.

Campeão da Indy (1995) e da F1 (1997), obviamente muita gente vai olhar torto para o seu retorno após um período inexpressivo com carros de turismo, alternando aposentadoria com aparições ocasionais, como na Stock Car (Corrida do Milhão em 2011 e Corrida de Duplas em 2015) ou comentarista de F1 pela SKY, em 2013.

Tenho um pé atrás com relação aos esportistas que dão de ombros ao tempo. O tempo passa para todos. Acho bem mais negócio sair dos holofotes quando se está por cima.

Claro, há excessões. Emerson Fittipaldi, por exemplo, encarou o desafio da Fórmula Indy a partir de 1984 e fez bonito. Reinventou sua história e pagou suas contas após a derrocada de sua equipe na F1.

Niki Lauda também foi outro que parou e voltou por cima, na mesma F1 e tendo que rivalizar com adversários mais jovens e "na ponta dos cascos".

O próprio Montoya, candidato a novamente ser campeão na Indy, é mais um que deu de ombros ao deus Cronos e segue acelerando bem.

O mesmo pode acontecer com Villeneuve na F-E.

Assim como Emerson na Indy, Jacques duelará contra adversários fortes e outros com pedigree bem inferior ao seu na F-E.

Aliás, interessante salientar que aquela F-Indy dos anos 80/90 e esta F-E guardam semelhanças em seus elencos, formados, sobretudo, por pilotos que um dia estiveram na F1. Maldade muito grande falar que seriam categorias de refugos, embora esse veneno não seja totalmente impróprio para ser destilado em ambas.

É possível ganhar corridas, óbvio. Duelar pelo  título, mais difícil, principalmente no primeiro ano.

Aos 44 anos, salvo alguma surpresa nas contratações das equipes, deverá ser o mais velho do grid.

Emerson, quando começou a encarar o desafio da Indy, por exemplo, tinha 37. Lauda, após dois anos parado, retornou com 33. Montoya está com 39, em sua volta à Indy.

Os circuitos de rua dão um trabalho danado para os pilotos. É um tal de vira pra cá, vira pra lá. E, no caso da F-E, ainda tem a história de sair de um carro e pegar outro, com  bateria carregada. Sei lá, poderiam usar pilhas alcalinas...

Os ovais (muito mais mentais do que físicos), para Emerson e Montoya, por exemplo, foram e são mamão com açúcar.

Lauda, por isso mesmo, talvez tenha sido o maior exemplo de um sujeito que voltou à elite com garrafas para vender.

Villeneuve, se não quiser ser coadjuvante (como muitos na F-E) e tornar-se um dos protagonistas, terá de reviver seus melhores momentos de Indy e F1.

E usar muito a cabeça, principalmente quando os braços estiverem mais cansados que os dos concorrentes. CLIQUE AQUI E VEJA A PÁGINA DE JACQUES VILLENEUVE NA SEÇÃO "QUE FIM LEVOU?"

Últimas do seu time