Rogério Morgado, Juju Salimeni e Milton Neves. Foto: Kelly Fuzaro/Band

Rogério Morgado, Juju Salimeni e Milton Neves. Foto: Kelly Fuzaro/Band

Engraçado, naquele início de 1999 estava mais do que satisfeito com os meus então 27 anos de Rádio Jovem Pan, onde ganhamos no esporte todos os prêmios possíveis de nossa área.

Já tinha até um apezinho financiado em 15 anos pelo Itaú em Pinheiros, um Corcel usado e uma casinha em Muzambinho.

Mas o “Terceiro Tempo”, lançado em meio à Copa de 1982, como substituto do badaladíssimo “Show de Rádio” de Estevam Sangirardi, que se mandou para a Rádio Bandeirantes, foi meu pulo do gato.

Um achado-coincidente para o esforçado e antigo repórter de trânsito, setorista do Detran, “patrulheiro rodoviário” de fim de semana e depois “Plantão Esportivo Permanente” e apresentador do “Plantão de Domingo”, a partir de 1977.

Antes, o chefe Osmar Santos, em 1973, a pedido do próprio hoje mega-Faustão, tirou Fausto Silva e me colocou como reserva de Narciso Vernizzi nos estúdios de resultados esportivos.

Foi como peixe n’água!

Futebol, que nunca joguei, como aliás jamais joguei qualquer modalidade esportiva, é e sempre foi a minha praia nas areias brancas de “A Gazeta Esportiva”, das TVs Tupi, Bandeirantes e Record e Rádios Bandeirantes, Tupi e Gazeta de São Paulo, Guarani de Belo Horizonte e Globo e Nacional do Rio de Janeiro.

Ave, Jorge Cury.

E com o “Terceiro Tempo” veio a maravilhosa e santa publicidade, a começar pela saudosa Rede Zacarias de Pneus e Acessórios.

Obrigado, Luís Piccolo, Ademir Parra, Seo Adhmar e filhos Admarzinho e Ronaldo Zacarias.

Aí, a coisa pegou no breu de vez e acelerado.

Mas faltava a televisão!

Ciúmes e medinhos de assustados sabedores do “perigo do lado” tornaram breve minha vida como apresentador ou debatedor do “Canal 100”, da TV Manchete, em 1994, do “Cartão Verde”, da TV Cultura, em 1998, e da TV Gazeta, em 1988.

Foi ótimo porque teria fatalmente enraizado fácil e “me eternizado” em qualquer uma delas, e quem garante que, empregado noutro canal, pintariam a santa Band e o emblemático “SuperTécnico” (1999 – 2001) em minha vida?

Medinhos me ajudaram, obrigado.

É que o talento é invencível em qualquer setor de atividade humana e em qualquer lugar do mundo.

Igrejinhas até postergam a subida do coroinha, mas um dia ele vira padre, bispo, arcebispo ou até Papa.

E sempre sem lobbys nojentos e antiéticos, estou rezando já por 20 anos a fio aos domingos à noite em TVs grandes como Band, Record e Band novamente.

Algo, se não único, muito difícil, porque grade de TV é tão firme quanto prego na gelatina.

20 anos aos domingos à noite, 50 anos de rádios Continental-MG, Colombo-PR, Jovem Pan, Bandeirantes AM e FM, Band News FM, Trânsito FM, Bradesco FM e Band FM.

Ufa, meio século falando, falando e falando!

50 anos ininterruptos diante de um microfone analisando e informando basicamente sobre futebol, futebol e futebol.

Ininterruptos 50 anos de futebol, mas entremeados por alguns poucos incomodantes merchans.

Virei o referencial hoje de tantos fiéis jornalistas seguidores pelo Brasil afora e um terror para pobres de espírito, paupérrimos de bolso, milionários de lobby e de inveja e trilhardários da difícil arte de se viver sofrendo com o sucesso alheio.

Assim, “não me combatam, aprendam”.

Mas atraí também nesses anos todos uma meia dúzia de obcecados psicopatas possessivos, verdadeiros sanguessugas de cobiça desmedida, já afastados.

E agora pintou o “Show do Esporte”, que estreia na Band neste domingo em nobres três horas.

Um programa muito, muito difícil de apresentar, senti nos pilotos.

Mas nada de medo, porque burro velho não tem receio de mais uma carga pesada em sua vida tão esforçada e obediente.

E também olho para trás e abraço agradecido quem muito me ajudou e me acompanhou.

Gente como Nereide Nogueira, Daniela Freitas, Luize Altenhofen, Bianca Russo, Ellen Roche, Renata Bomfiglio Fan, Renata Cordeiro, Débora Vilalba, Carolina Soares (fez só um “Debate Bola” na Record), Larissa Love Erthal e agora Juju Salimeni, chegando.

E se meus 20 anos de domingo à noite na TV esportiva não foram assim tão espetaculares, mas com certeza ficaram maravilhosos, mais inteligentes e muito mais bonitos devido à presença delas.

Muito obrigado, meninas!

E obrigado também meninos torcedores!

 

Miltetes – Estou comemorando 20 anos de debates esportivos na TV domingo à noite. E sempre bem acompanhado! Acima, apareço com Leão, Zagallo, Zico, Nereide Nogueira e Humberto Ramos, no “SuperTécnico”

 

          

2000 - Luize Altenhofen foi assistente no programa “SuperTécnico”

 

2001 – Bianca Russo também se destacou no “SuperTécnico”, da Band

 

2002 - Daniela Freitas trabalhou no “Terceiro Tempo” e no “SuperTécnico”

 

2003 – A famosíssima Ellen Rocche teve passagem meteórica pelo “Terceiro Tempo”

 

2005 – Renata Cordeiro marcou época no “Terceiro Tempo”, da Record

 

2007 - Débora Vilalba participou do histórico “Debate Bola”, da Record

 

2009 – Renata Fan se destacou nos programas “Debate Bola” e “Terceiro Tempo”

 

2014 – Larissa Erthal, que me acompanhou no “Terceiro Tempo” e no “Band na Copa”

 

2018 – A lindíssima Juju Salimeni, minha parceira no “Show do Esporte”, da Band. Na foto aparece também o divertidíssimo Rogerio Morgado

 

SOBRE O COLUNISTA

Milton Neves Filho, nasceu em Muzambinho-MG, no dia 6 de agosto de 1951.

É publicitário e jornalista profissional diplomado. Iniciou a carreira em 1968, aos 17 anos, como locutor na Rádio Continental em sua cidade natal.

Trabalhou na Rádio Colombo, em Curitiba-PR, em 1971 e na Rádio Jovem Pan AM de São Paulo, de 1972 a 2005. Atualmente, Milton Neves apresenta os programas "Terceiro Tempo?, "Domingo Esportivo? e "Concentraç&atild... Saiba Mais

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