O futebol do interior está morrendo. Mas, o Linense é um dos raros a resistir. E a compra do Neymar pelo Barcelona, hein? Ainda dá o que falar

O futebol do interior está morrendo. Mas, o Linense é um dos raros a resistir. E a compra do Neymar pelo Barcelona, hein? Ainda dá o que falar

O futebol do interior está morrendo.

Sou deste pedaço da “hinterlândia” faz 65 anos.

Quase 40 times fecharam as portas nas últimas décadas.

E milhares de torcedores perderam o que sempre adoraram.

Falo do infalível “Trio do Domingo” que começava com a missa, passava pelo amado e sagrado almoço da família e terminava no estádio da cidade.

Era a festa da fé, da união e da bola.

Quando o time visitante era dos grandes então...

Quase tudo isso acabou.

Meu catolicismo acomodado foi atropelado por pastores milagrosos, a família brasileira anda aflita, desestruturada e ameaçada pela violência e pelas drogas, e o futebol... acabou!

O time da cidade já era, a rádio local, berço de gênios do microfone esportivo, não tem o que transmitir e seus horários foram alugados por igrejas e mais igrejas.

Minha Rádio “Terceiro Tempo FM” do Guarujá chegará e não terá igreja no ar.

Mas, no interior, o Linense é um dos raros a resistir.

E também nunca mudou, tão drasticamente como todo mundo por aí, a sua tradicional e linda camisa envergada há séculos pelo saudoso Frangão.

Só que, agora em 2017, o “Elefante da Noroeste” virou a “Formiga do Morumbi”.

Aceitar não jogar em casa uma vez contra o São Paulo por alguns pixulés é trair sua tradição, sua cidade, seu povo e sua região.

E ainda contamina moral e tecnicamente a lei do jogo.

O pequeno só elimina o grande em 1.27% das vezes, mas desde que tenha exercido seu legítimo direito ao chamado “Fator Campo e Torcida”.

Feio para o fraco Linense, péssimo para a omissa Federação e humilhante para o comprador São Paulo.

E a compra do Neymar pelo Barcelona, by Laor e Odílio, os péssimos dos péssimos que eu elegi, hein?

E isso foi prejudicial ao Santos – aquele que arrumou minha vida direta ou indiretamente – e serviu para decepcionar Marcelo Teixeira e me distanciar de contatos com Delcir Sonda, amigo e parceiro comercial desde 1993.

Mas aqui, sobre Neymar, meus leitores, ouvintes e telespectadores que não são raros, mas milhões, sabem bem disso.

Não tenho garganteado sobre o tema por absoluto respeito a não ser redundante.

Rigorosamente sozinho na grande mídia, falei, escrevi, berrei e urrei há três anos que a estrada Vila Belmiro-Barcelona, para Neymar viajar, tinha cheiro de podridão em duas margens e asfalto vagabundo aplicado em base porosa, pantanosa, não sólida.

Não deu ou não está dando outra e menos de um ano para cá os chamados “investigativos” descobriram a pólvora pela pena do Dr. De La Mata, juiz espanhol.

Valeu a pena, Neymar pai?

Tribunais, advogados, juízes, viagens, hotéis, diárias, honorários caríssimos e tanta notícia ruim na cabeça de um gênio?

Por que tanta pressa em ganhar milhões se seu “Pelezinho” tinha e tem mais uns 15 anos para ganhar bilhões?

Já te falei isso pessoalmente lá no “Rancho Português” ao lado de André Cury e da alta cúpula do Portal UOL!

O “cavalinho” Neymar Arantes do Nascimento já está trotando à frente de Messi e Cristiano Ronaldo, mas sem sua ganância, Neymar pai, e sem tanta “encheção de saco”, como seu filho fala, ele já estaria era galopando com cinco corpos de vantagem sobre o argentino tristinho e do meu novo vizinho de Tribecca em Nova York, soube extraoficialmente pela boca de um broker (corretor).

Achava e acho que foi tudo errado e que TEISA, DIS e Santos FC foram passados para trás.

Que justiça se faça, mas essa de se tentar trancafiar Neymar Jr em um presídio espanhol é “meio muito”, hein?

Já pensaram Bruno solto, Neymar na cadeia e Lula prendendo Moro por “perseguição”?

Ora...

Foto: UOL

SOBRE O COLUNISTA

Milton Neves Filho, nasceu em Muzambinho-MG, no dia 6 de agosto de 1951.

É publicitário e jornalista profissional diplomado. Iniciou a carreira em 1968, aos 17 anos, como locutor na Rádio Continental em sua cidade natal.

Trabalhou na Rádio Colombo, em Curitiba-PR, em 1971 e na Rádio Jovem Pan AM de São Paulo, de 1972 a 2005. Atualmente, Milton Neves apresenta os programas "Terceiro Tempo?, "Domingo Esportivo? e "Concentraç&atild... Saiba Mais

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