Neymar foi o melhor jogador em campo

Neymar foi o melhor jogador em campo

Ah, ainda os 6 a 1 de Neymar e do árbitro no bundão do PSG!

Afinal, trata-se da decisão de maior repercussão da história do futebol.

Nunca será esquecida e esse jogo jamais terminará.

A era da internet e do satélite a tudo amplia de forma descomunal.

Pelé e Garrincha, coitados, foram divulgados quase que na base das máquinas de escrever, do telex, dos teletipos, do telefone, do rádio e do boca a boca.

Mané não teve TV e Pelé também não lá nos anos 60, seus momentos mais monumentais.

Os mágicos 5 a 2 do Santos no Benfica de Eusébio em Lisboa em 1962 teriam hoje até mais repercussão.

Mas deu Barça 6 a 1 e eu quebrei a cara.

Achava impossível, falei e escrevi mil vezes.

E não foi por vários motivos.

O sem carisma do goleiro do PSG é um frangueiro sem rosto.

O treinador Unai Emery é nota 1,17.

Escalou o fraco Lucas e não tirou o assustado brasileiro ainda no primeiro tempo.

O mesmo Lucas que andaram falando por aí que era melhor do que Neymar.

Só Cavani não fugiu do jogo.

Uruguaio, é claro.

Thiago Silva, o posudo, garboso e soberbo zagueiro, pensa que é Carlos Alberto Torres, Figueroa ou De Boer na área.

Deveria abrir uma rede de óticas porque nem piscou nos três gols em que a bola pintou em sua pequena área.

Depois, declarou que o PSG não teve “personalidade”.

Ora, exatamente o que ele não teve ou tem e era o... capitão do time!

Capitão calado, assustado e cabisbaixo é como um goleiro sem braços.

Com Zito, Carlos Alberto Torres ou Dunga em campo, o Thiago apanharia.

E o árbitro?

Grandão, alemão, pancudo e com olhar impoluto ao entrar em campo, foi uma tragédia.

Assaltou o PSG!

Merece ser banido do futebol.

Não deu dois pênaltis de Mascherano, inventou outros dois para o Barça e não expulsou Neymar no 3 a 1.

“Ah, o PSG já se classificou, o jogo acabou, para que enfurecer esse triste povão todo aqui”, deve ter pensado.

Aí, tudo mudou pela força do talento, da sorte, do imponderável, do jogo da vida do novo Rei Neymar e da magia desta invenção mais do que perfeita chamada futebol.

Nada é mais empolgante, mesmo com tanta gente atrapalhando ou urubuzando.

Obrigado, futebol, você é o Pelé de todas as modalidades!

Nunca joguei nada, mas você me deu 20 milhões por cento a mais do que esperava.

Em tudo!

Que obcecados, masoquistas e doloridos cotovelos não pesquisem a fundo sob pena da amargura fazer novas vítimas fatais.

E você, Neymar, exímio cobrador de faltas, dispensando a força no chute de Pepe, de Éder ou de Nelinho, já pode ir procurando uma fábrica de coroas e fazer logo um molde.

Vai ter que usar uma por um bom tempo.

Foto: UOL

SOBRE O COLUNISTA

Milton Neves Filho, nasceu em Muzambinho-MG, no dia 6 de agosto de 1951.

É publicitário e jornalista profissional diplomado. Iniciou a carreira em 1968, aos 17 anos, como locutor na Rádio Continental em sua cidade natal.

Trabalhou na Rádio Colombo, em Curitiba-PR, em 1971 e na Rádio Jovem Pan AM de São Paulo, de 1972 a 2005. Atualmente, Milton Neves apresenta os programas "Terceiro Tempo?, "Domingo Esportivo? e "Concentraç&atild... Saiba Mais

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