Na época do emblemático “SuperTécnico” (1999 – 2001), da Band, era mais fácil.
Só treinador top de linha e eles dominavam seus clubes pelos títulos (Felipão), pela liderança (Luxemburgo) e pelo carisma (Zagallo).
E o programa até revelou nacionalmente um desconhecido que, de cara, impressionou Parreira, Carlos Alberto Silva e Abel Braga.
Foi um tal Tite, batizado por mim de “Águia de Haia dos Pampas” ali por agosto de 2000, se a memória não me trai.
Seus conceitos e opiniões surpreenderam, impressionaram.
Continuam impressionando por retidão, coerência, vitórias, ética e conhecimento.
E saibam que até se cogitou outro dia a volta do “SuperTécnico”, mas hoje não dá mais para se fazer um novo palco só para “os professores da bola”.
É que eles não são mais “Super”, mas medianos, transitórios, indecisos e até lotéricos.
Gozado, tem treinador por aí aos montes fracassando por falta de jogador e até por excesso deles.
Pode isso, Arnaldo?
Caso do Palmeiras.
A Crefisa virou Parmalat e nunca para de chover jogador como no maravilhoso Allianz Parque.
Mas o “contratador” Alexandre anda mais perdido do que “Mattos” sem cachorro.
Compra todo mundo e mal.
É tanto jogador que Marcelo Oliveira (em 2016), Eduardo Baptista, Alberto Valentim e até Cuca não deram jeito de transformar o grande elenco em um grande time.
O que ganhou em 2017?
Nada!
Não está tão mal em 2018, veio o Roger “ainda em testes” Machado, perdeu até do São Caetano, ganhou do São Paulo quinta-feira, o que é obrigação das mais fáceis, e vamos aguardar a evolução do “Manchester City do Brasil”.
Jair “ainda em testes” Ventura não tem ovos para fazer omelete, Carille segue firme com sua nota 6.87 e o São Paulo atira para todo lado até acertar em um medalhão.
O “Jardine” do Morumbi precisa de um novo paisagista para o Cícero Pompeu de Toledo reabrir suas portas com um show memorável com Roberto Carlos cantando “As Flores do Jardim da Nossa Casa”.
Passou da hora!
E por que não os velhos e experientes jardineiros Felipão e Luxemburgo?
Luxemburgo, com fracassos repetidos, nunca escondeu seu sonho de ser são-paulino e entraria sem direito de falhar por já ter esgotado seu estoque de insucessos.
E Felipão?
Seria grande atração também para a mídia, hoje bem órfã de “SuperTécnicos”.
Igualmente vindo de grande ostracismo depois do terremoto de “777.1” graus na escala Richter- Löw, precisa de um grande e último fato novo em sua carreira.
Sim, nem precisa mais por ser realizado, bilionário-reto e famoso, mas o Mineirão 7 a 1 é uma enorme lança cravada em sua garganta para todo o sempre.
E se, no São Paulo, repetir Telê Santana em 100%, até então o técnico “pé frio” que não ganhava nada, Felipão voltaria ao Mineirão-2014 e sairia derrotado na história “só” por 4 a 1.
E não é que Telê ontem e Felipão hoje têm tudo a ver?
Telê “Pé Frio” Santana gabava-se de seus “títulos” no Mundo Árabe.
Aquilo não valia nada, só dinheiro.
Mas veio para o São Paulo, ganhou tudo e hoje é o “Deus do Banco” na história da bola.
Já Felipão também vale-se de seus “títulos” na China.
Aquilo não vale nada, só muito, muito dinheiro.
Sem mercado internacional, fora os países, seleções e times folclóricos da bola, o Morumbi poderia vir a ser para ele o que foi para Telê.
Venha, Felipão, e vire o novo Telê ou o novo e então proscrito Zizinho-57.
Milton Neves Filho, nasceu em Muzambinho-MG, no dia 6 de agosto de 1951.
É publicitário e jornalista profissional diplomado. Iniciou a carreira em 1968, aos 17 anos, como locutor na Rádio Continental em sua cidade natal.
Trabalhou na Rádio Colombo, em Curitiba-PR, em 1971 e na Rádio Jovem Pan AM de São Paulo, de 1972 a 2005. Atualmente, Milton Neves apresenta os programas "Terceiro Tempo?, "Domingo Esportivo? e "Concentraç&atild... Saiba Mais
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