Felipão, de todo jeito, é grande manchete

Felipão, de todo jeito, é grande manchete

Abel Braga deu uma de quase Guardiola: meio ano sabático.

O bom Cilinho, aquele que não quis a seleção brasileira de Nabi Abi Chedid, saiu da UTI em Campinas.

Wall Street vivendo terremoto: Murtosa, talvez aposentado, não virá com seu amigo do bigode.

No futebol não tem fio do bigode: demissão de Jair Ventura, o sem time, sem culpa e sem jogador, foi sacanagem.

Roger Machado mereceu: com tanto ovo não fez um bom omelete.

Abel, Cilinho, Murtosa, Jair e Roger deram o que falar nesta semana

Eduardo Baptista, Marcelo Oliveira e Cuca também.

Mestre Cuca que não anda cozinhando bem faz tempo, por indecisão.

Eduardo Baptista, Marcelo Oliveira e Cuca também não conseguiram decolar com o rico Palmeiras

Renovação dos técnicos está difícil e os quase afogados medalhões aproveitam e estão emergindo.

Osmar Loss, Zé Ricardo, Fernando Diniz, Roger Machado, Jair Ventura, Thiago Larghi e Maurício Barbieri sofrem por falta de marketing pessoal que só o tempo, vitórias, títulos e a imprensa dão.

Fábio Carille foi bela zebra.

Loss, Zé Ricardo, Diniz, Roger, Jair, Larghi e Barbieri precisam de marketing pessoal 

No Allianz Parque Felipe Melo será agora um educado e calmo “novo Rodrigo Caio” sob a direção de seu xará Felipão.

Que a Crefisa não saia, sob pena de o Palmeiras virar Santos, Vasco, Fluminense, Botafogo ou Corinthians no quesito “Cofre Vazio”.

No mascote, que sumam um dia com o feio porco e tragam de volta o lindo periquito.

Sim, o que o tempo não “iscangaia”?

Mas estou sentindo o Andrés Sanchez “muito acabado”.

Expulsar o cigarro de campo já é um belo gol.

Felipão 2002, 7 a 1 e 10 a 1 fez muitos gols invisíveis e inexpressivos no horroroso, pífio e milionário futebol chinês.

Felipão passou um bom tempo "sumido" na China

A China está jogando bilhões de dólares fora com contratações de jogadores e técnicos por puro capricho de novo rico.

Mais fácil o Mao Tsé-Tung ressuscitar do que chinês aprender a jogar bola.

O mundo inteiro sabe disso.

Mundo que fechou para Felipão na esfera da Série A de seus clubes e seleções.

Sobraram só os ricos países folclóricos da bola.

Já esteve no Uzbequistão e na China e outro dia falou-se em Egito e Coreia do Sul.

Nas cerejas do bolo, envolvendo Alemanha, Espanha, Inglaterra, Itália e França, chances só nos Asas, Remos, Américas, Paranás e Caxias de lá.

No Brasil ele não quis o Galo.

Teria que conviver quase diariamente com o Mineirão de triste, eterna e dolorosa memória.

E precisava saber o que Tite faria na Rússia.

Se seu “compatriota do Sul” ganhasse a Copa, fora de casa, o seu 1 a 7 ficaria mais ainda esplendoroso.

Tite acabou ganhando nota 6,21 desde que entrou no lugar de Dunga até o gol de De Bruyne no último 6 de junho.

Mas na Copa mereceu uma lamentável nota 1,97.

Empacar e travar com Gabriel “Jejum”, inexpressivo Paulinho, de convocação, escalação e posição “fixa”, por gratidão corintiana, e colocar o baleado Marcelo contra a Bélgica, foram erros demolidores.

Aí, para completar, levou belo nó tático do treinador Roberto Martínez.

Felipão e Tite discutem durante um Derby de 2011. Robson Ventura/Folhapress (via UOL)

Quanto ao Felipão, que ele seja rápido para melhorar e mudar o rico Palmeiras tanto quanto o é para substituir um técnico demitido.

Certo, Mano?

Não é, Roger?

Experiente e multi-independente, da cabeça ao bolso, resolve tudo muito depressa.

E a imprensa também comemora, além de grande parte dos torcedores verdes.

Afinal, nós vivemos de notícias, fatos e de personagens que não dão traço.

E Felipão, de todo jeito, é grande manchete.

Do tamanho de 2002 (10%), de 7 a 1 (85%) ou de 10 a 1 (5%);

Ah, dessa vez eu não tive nada a ver com Felipão no Verdão, viu, gente?

Só em 2001 na seleção!

Em 100%!

SOBRE O COLUNISTA

Milton Neves Filho, nasceu em Muzambinho-MG, no dia 6 de agosto de 1951.

É publicitário e jornalista profissional diplomado. Iniciou a carreira em 1968, aos 17 anos, como locutor na Rádio Continental em sua cidade natal.

Trabalhou na Rádio Colombo, em Curitiba-PR, em 1971 e na Rádio Jovem Pan AM de São Paulo, de 1972 a 2005. Atualmente, Milton Neves apresenta os programas "Terceiro Tempo?, "Domingo Esportivo? e "Concentraç&atild... Saiba Mais

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