Descobri a pólvora!
Finalmente fui conhecer "para valer" a "Casa do Timão" em Itaquera e fiquei de queixo caído.
O estádio do Corinthians é mesmo uma "jóia de cimento", algo extraordinário.
"Mas, ora, você já esteve lá várias vezes e agora vem fazer média", li de corintianos pela internet.
Sim, foi a quarta vez que lá pintei, mas na última quinta-feira foi especial.
Nas outras três, antes e durante a Copa do Mundo, aquilo era uma agitação com "trocentas" mil pessoas e operários para todo lado trabalhando a toque de caixa.
Pouco deu para conhecer da atual e notável infra-estrutura instalada.
Assim, desta feita foi diferente e o que vi estava terminado, decorado e em pleno funcionamento.
Todas as áreas e departamentos!
Sem ninguém lá, só os funcionários, conheci cada canto dos subterrâneos da Arena Corinthians.
E até a sala de Tite!
E as banheiras de hidromassagem?
Que diferença, por exemplo, para com as banheiras do Benfica, de Lisboa, Portugal, meses antes da Copa da Inglaterra.
Sabiam que o grande Eusébio, em 12 de maio de 1966, quase morreu eletrocutado enquanto curtia com dois colegas uma moderna "caixa de massagem" na concentração do "time encarnado"?
É que, na inauguração de suas então novas, revolucionárias e modernas banheiras elétricas, Eusébio, Luciano e Matta da Silva estavam dentro d´água com fios expostos em meio as suas pernas.
Era a "tecnologia da época".
Aí, houve um curto-circuito, Eusébio e Matta foram salvos pelo célebre Coluna, mas o pobre zagueiro Luciano morreu eletrocutado.
Mas, hoje, em Itaquera, tudo é de primeiro mundo e bem parecido com os interiores dos grande hotéis de Miami, de Nova York e de outros lugares do mundo.
E trabalhei, ao microfone, no amplo auditório de conferências, palestras, eventos e entrevistas.
Lá fui por conta de evento corporativo da "Patroni Pizza", que inaugurou a primeira de suas seis lojas na Arena Corinthians.
Fui contratado.
É de se ter orgulho mesmo, corintiano!
E agora resolvi de uma vez por todas.
Quando morrer, não mais serei sepultado em Muzambinho-MG, minha terra.
Serei cremado e minhas cinzas espalhadas pelo belo gramado do "Itaquera Stadium".
Virarei "Morrinho Artilheiro", criação do escritor e jornalista José Roberto Torero.
Mas serei "Morrinho Artilheiro Itinerante", minha nova adaptação depois do consagrado "Apito Amigo".
Mas, por que "Morrinho Artilheiro Itinerante"?
É que, como morrinho, me postarei sempre no campo de ataque do time visitante lá na Arena Corinthians, mas mudando sempre de lugar.
Terei esquema tático especial, pessoal e sem "posição fixa"!
Assim, quando o time adversário do Timão chutar rasteiro no gol, estarei no caminho para desviar a bola fora do alcance do goleiro corintiano lá atrás.
E se o chute for a meia altura, darei um pulinho fazendo centenas e centenas de gols que a "crônica especializada" definirá como "gols espíritas", porque terão contrariado a Lei da Física.
E quando chutarem bem alto contra a meta corintiana, o "Morrinho Artilheiro Itinerante Milton Neves" saltará e desviará a bola "de cabeça" para as redes alvinegras.
Aí, na visão e definição da imprensa esportiva lá escalada, nascerão centenas e centenas de gols de "Folha Seca", como o isolado feito de Didi contra o Peru do goleiro Asca em 1957, no Maracanã, pelas Eliminatórias da Copa da Suécia.
Sim, mas sabiam que Didi (1929 - 2001) só fez um único gol de "Folha Seca"?
Mas foi tão importante aquela cobrança na vitória por 1 a 0 que nos levou à Copa de 58, que se eternizou o "Príncipe Etíope" como sendo o "maior fazedor de gols de `Folha Seca´ do mundo"!
Foi fato isolado, mas importantíssimo.
Como importantes foram algumas arenas brasileiras erguidas para a Copa do "Felipão-7x1".
Apesar dos "saltos orçamentais" de suas construções, muitas de nossas arenas estão contribuindo pela volta do "torcedor-torcedor", o "torcedor-família".
E xô, "torcidas organizadas" quase já desorganizadas.
Belas arenas, mas só uma terá um "Morrinho Artilheiro Itinerante Milton Neves".
A do meu querido e amado Corinthians!
É "nóis"! Vai, "Curintchá"!
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Milton Neves Filho, nasceu em Muzambinho-MG, no dia 6 de agosto de 1951.
É publicitário e jornalista profissional diplomado. Iniciou a carreira em 1968, aos 17 anos, como locutor na Rádio Continental em sua cidade natal.
Trabalhou na Rádio Colombo, em Curitiba-PR, em 1971 e na Rádio Jovem Pan AM de São Paulo, de 1972 a 2005. Atualmente, Milton Neves apresenta os programas "Terceiro Tempo?, "Domingo Esportivo? e "Concentraç&atild... Saiba Mais
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