Até lembra Barbosa-50!
Pobre Muralha.
Humilhado, criticado e ridicularizado por parte do jornalismo do Rio e por quase toda a imensa torcida do Flamengo.
O seu apelido - do que tanto gostamos em nosso futebol a partir do inventor Charles Miller - virou motivo de chacota, e de desconfiança, como não se via na Gávea desde Waldomiro-66.
Aliás, o Flamengo adora crucificar goleiros.
O saudoso paranaense Waldomiro foi acusado de ter sido comprado por Castor de Andrade naquela histórica decisão do Campeonato Carioca de 1966.
Ora, o Bangu de Paulo Borges era muito melhor, goleou o time de Almir Pernambuquinho por 3 a 0 e sobrou para o goleiro que morreu, sempre inconformado, em Curitiba em 1994.
Antes, o icônico argentino Domingues, já veterano, ex-Real Madrid, também havia sido acusado de suborno em um igualmente histórico Fla-Flu.
E mais antes ainda, em 1963, o mineiro Marcial fez a mais espírita e espetacular defesa já vista no "maior do mundo" em chute à queima-roupa de Escurinho em outro memorável Fla-Flu.
Foi 0 a 0, Flamengo campeão com o empate perante o maior público da história do Maracanã e Marcial virou herói "para sempre".
Nada disso, foi só por pouco tempo.
Andou falhando posteriormente e teve seu passe vendido ao Corinthians de Wadih Helu.
Aliás, Marcial, mineiro de Tupaciguara, foi o primeiro jogador-médico do Timão.
Certo, Dr. Sócrates?
Agora, a vitima do momento é o Muralha.
Injustiça!
O título do Cruzeiro tem vários outros donos, além do mérito dos mineiros.
O Diego "tinha direito" de bater tão mal seu pênalti?
O Luiz Flávio de Oliveira de Oliveira não mandou bater de novo por quê?
Ora, o ótimo Fábio "rogerioceniou"!
Na verdade, os flamenguistas da arquibancada e do teclado deram um tiro no pé ao crucificar o Muralha após aquele Flamengo e Paraná Clube no Espírito Santo.
Forçaram a barra, humilharam seu goleiro e o menino Thiago entrou na fogueira no primeiro jogo decisivo da Copa do Brasil.
Batendo roupa, não deixou o Flamengo ganhar por 1 a 0.
Com o 0 a 0 de quarta-feira o Mengão teria sido o campeão.
Foi vingança dos céus e dos deuses da bola.
Humilharam Alex Muralha e o título rubro-negro desmoronou.
E você, Muralha, deixa para lá, siga sua vida e saiba que logo, logo os flamenguistas arrumarão outro Cristo de camisa 1.
Ingratos, injustos, maldosos.
Foram vice de novo.
Bem feito!
Milton Neves Filho, nasceu em Muzambinho-MG, no dia 6 de agosto de 1951.
É publicitário e jornalista profissional diplomado. Iniciou a carreira em 1968, aos 17 anos, como locutor na Rádio Continental em sua cidade natal.
Trabalhou na Rádio Colombo, em Curitiba-PR, em 1971 e na Rádio Jovem Pan AM de São Paulo, de 1972 a 2005. Atualmente, Milton Neves apresenta os programas "Terceiro Tempo?, "Domingo Esportivo? e "Concentraç&atild... Saiba Mais
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