Casagrande não é um abutre, mas um jornalista independente que não precisa ser “parça” de ninguém para viver sua vida. Foto: TV Globo - via UOL

Casagrande não é um abutre, mas um jornalista independente que não precisa ser “parça” de ninguém para viver sua vida. Foto: TV Globo - via UOL

Serena, correta, independente, normal, coerente e democrática a opinião pertinente do jornalista Casagrande sobre Neymar, esse belíssimo craque consumado.

E cadê os que o chamavam de “Ney Cai Cai”, “Ney Marketing”, “Robinho Bem Piorado”, “Ney Mala”, “Um reserva comum quando for para a Europa” e que “o bom não é o Neymar, mas o Lucas”?

Sim, errar é humano, para os que não ficam no muro.

Mas é desumano para os que criticam e ofendem sempre vivendo de perseguições como a esconder os rabos podres com a alma incendiada pelo ódio, pela inveja e por complexo instalado até a medula.

Espécie de tristes e confinados vampiros que vivem do caminhar sereno e do puro sangue alheios.

Não é o caso de Casagrande.

Esse são-paulino de infância e adolescência, formou-se jogador profissional não atleta pelos campinhos do Corinthians.

Um não atleta como Sócrates, não craque como Sócrates, mas mais lúcido e guerreiro do que Sócrates, em seus infortúnios.

Ainda luta contra eles, não esconde.

Sócrates nunca escondeu também, mas não lutou como Casagrande e se entregou.

Uma pena, homem bom.

E hoje, em meio aos estádios, programas esportivos e comentários globais, Casagrande viaja pelo Brasil semeando palestras gratuitas e ensinando a juventude como e por que não se deve usar drogas.

Vi parcialmente uma delas, em Fortaleza-CE.

Casagrande viajou ao lado do repórter Eduardo Affonso, “a metralhadora informativa”, e eu estava por lá em meus intermináveis eventos corporativos.

E não esconde também que os demônios das drogas estão sistematicamente a coçar seus cabelos sempre desalinhados, pouco importa.

Entendeu bem, Neymar Pai?

Casagrande não é um abutre, mas um jornalista independente que não precisa ser “parça” de ninguém para viver sua vida e enfrentar as perigosas e eventuais recaídas, infelizmente frequentes nesses tipos de tentações.

E você, Neymar Pai, não precisa também avisar que Casagrande não pode falar isso ou aquilo de seu filho mina de ouro só porque “o passado o condena”.

Casagrande, e qualquer jornalista de todos os veículos, está escalado e condenado apenas a exercer sua profissão no rádio, jornal, TV e internet.

Se não o fizer bem feito, perderá espaço.

Cuide do dinheiro, “Mestre-Cofre Neymar Pai”, e deixe de ser esse inventor a alimentar mais polêmicas envolvendo o melhor Pelezinho que já tivemos.

Não te falei isso há meses no “Restaurante Português” quando você pediu para jantar comigo?

A cúpula da direção do UOL estava lá do nosso lado também, coincidentemente.

Você, Neymar Pai, anda “dungando” muito e agora quer controlar a imprensa também como controla as idas e vindas trilionárias de seu filho gênio?

Dunga, burramente, não levou Neymar, além de Ganso e Adriano, em 2010 para a Copa da África, preferiu brigar com toda a imprensa e quebrou a cara.

E quebrando a nossa também.

Eu alertei isso ao Dunga em 2010, mas ele preferiu ironizar quando fiz a melhor e mais profética pergunta em rede nacional de minha carreira de meio século de microfone.

O enorme anfiteatro lotado de jornalistas do carioca Hotel Windsor “me aplaudiu com os olhos”.

O bravo Cícero Mello, da ESPN, o fez com palavras.

Mais tarde, um gato pingado deu 10 lesa-ética ao Dunga pela resposta fujona, burra e covarde.

Assim, não “dungue” mais, Neymar Pai.

A imprensa toda é Neymar FC e todos nós queremos o hexa na Rússia e sem seu filho não vejo como.

Sim, tem muita inveja em torno do “Menino da Bruna”, mas isso é por parte dos beques cavalos da Europa domesticados pelos cavalariços do banco.

E que Neymar também não fique dodói com o que falam e escrevem sobre ele.

Quer “respeito total”?

É só virar “Ruimguaín”, Nacho (arght!!!) ou qualquer jogador da Coréia do Norte, San Marino ou Ilhas Faroe.

“Não se atira pedras em árvore que não dá frutos”, é bíblico.

E as atuais ressentidas pedras catalãs contra Neymar serão reforçadas em semanas pela artilharia francesa de Napoleão Bonaparte, mas em nova Waterloo.

É que essa nova derrota francesa, na terceira saída abrupta (Paris-Madri) de seu filho, Neymar Pai, enfurecerá brutalmente os coleguinhas que cobrem o atual Campeonato Francês de segunda divisão, onde você o enfiou.

Você vai ver, Neymar Pai, e aí finalmente sacará que Casagrande é o mais doce e puro dos jornalistas esportivos do mundo.

SOBRE O COLUNISTA

Milton Neves Filho, nasceu em Muzambinho-MG, no dia 6 de agosto de 1951.

É publicitário e jornalista profissional diplomado. Iniciou a carreira em 1968, aos 17 anos, como locutor na Rádio Continental em sua cidade natal.

Trabalhou na Rádio Colombo, em Curitiba-PR, em 1971 e na Rádio Jovem Pan AM de São Paulo, de 1972 a 2005. Atualmente, Milton Neves apresenta os programas "Terceiro Tempo?, "Domingo Esportivo? e "Concentraç&atild... Saiba Mais

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