Parabéns ao Grêmio, um bom time que tanto se poupou, que se ferrou.
Grêmio, o “Imortal” que mais morre no mundo, bateu seu recorde na quarta-feira ao morrer... duas vezes!
Eliminado da Copa do Brasil e acabou de matar o pior Campeonato Brasileiro da história.
Parecia até que virou irmão de criação do surpreendente campeão Corinthians.
E poderia agora, com as folgas que adora, lançar a “Caderneta de Poupança Arena Azul”.
Ninguém poupou “tão bem” quanto o tradicional segundo time do Rio Grande do Sul.
Conseguiu perder tudo em 2017, mesmo tendo formado um grupo robusto, aguerrido, centrado, determinado, mas burramente “poupado” e mal escalado.
Não foi por falta de aviso!
E vai perder a Libertadores também para coroar o seu genial ano “Poupástico”.
Até passa pelo Botafogo, mas cai em seguida para um time gringo qualquer.
Bem feito!
Como mal feito foi este corintiano Campeonato Brasileiro de 2017, espremido e espetado por duas copas encorpadas por “exagerados anabolizantes”.
Vai ficar para a história como a competição oficial de futebol do Brasil com o maior número de jogos amistosos, desde 1971.
Não foi também por falta de aviso!
Berrei antes e hoje todo mundo descobriu pelo menos a espoleta.
Nosso futebol não comporta três competições simultâneas e anuais.
Copa do Brasil, como sua mãe Taça Brasil, e Libertadores sempre foram coadjuvantes perante o chamado Brasileirão, mas jamais protagonistas anuais do filme vencedor do Oscar.
Sim, são importantes coadjuvantes e com o fortíssimo ingrediente do indispensável, maravilhoso, indiscutível e emocionante mata-mata, o oxigênio da bola!
Mineirão e Maracanã nos ensinaram isso mais uma vez neste meio de semana.
Que Rede Globo e CBF, donas da bola, acordem e mudem tudo.
Já sei que importantes reuniões das duas entidades cariocas ocorreram e vão se intensificar “como nunca na história deste país”.
Aceito dar consultoria, sem remuneração.
Encurtem quase tudo, proíbam clássicos top fora das 16h ou 17h e sempre aos domingos, instituam dois mata-matas para os oito melhores e para os oito piores repescados do Campeonato Brasileiro e apliquem a “cláusula-multa” da cota-participação para todo time que “gremisticamente” abusar das imbecis “poupações” de jogadores não contundidos.
Estrago feito, e aqui tanto anunciado há “séculos”, vamos juntos curtir meses de modorrentos amistosos travestidos pela “emoção” de se saber se São Paulo e Vasco cairão ou não e quais serão os cinco primeiros “alguéns” atrás do Corinthians.
Juízo, cartolada, precisamos de emoção, disputas ferrenhas, “polêmicas”, pênaltis, audiências e retorno comercial.
Para toda a “cadeia alimentar” da bola, do pipoqueiro até o último pênalti do campeão, no mata-mata, claro.
Afinal, como disse brilhantemente o professor Pedro Trengrouse, da FGV, “é preciso olhar hoje para o futebol como atividade econômica, não mais apenas como lúdica”.
Perfeito, mesmo que o futebol não seja comunista, que teoricamente nivelaria tantos remediados, poucos ricos, alguns milionários, um ou outro bilionário e muitíssimos pobres de espírito e trilhardários de inveja.
Não é, Neymar?
Milton Neves Filho, nasceu em Muzambinho-MG, no dia 6 de agosto de 1951.
É publicitário e jornalista profissional diplomado. Iniciou a carreira em 1968, aos 17 anos, como locutor na Rádio Continental em sua cidade natal.
Trabalhou na Rádio Colombo, em Curitiba-PR, em 1971 e na Rádio Jovem Pan AM de São Paulo, de 1972 a 2005. Atualmente, Milton Neves apresenta os programas "Terceiro Tempo?, "Domingo Esportivo? e "Concentraç&atild... Saiba Mais