A Rússia foi a maior surpresa desta Copa do Mundo. Primeiro por organizar o torneio de forma tão alegre e competente, mas, sobretudo, por conseguir levar a sua seleção até as quartas de final.
Ninguém apostava um tostão furado na Rússia. Era a seleção pior rankeada de todas as que estavam na Copa. Antes disso, na fase de preparação, passou meses sem ganhar de ninguém. Num amistoso com o Brasil, levou de 3x0 em casa, com direito a olé. Se fosse obrigada a disputar eliminatórias, certamente teria ficado de fora.
Mas quando a bola começou a rolar pra valer, os russos se superaram. O time é tecnicamente limitado, mas os jogadores mostraram uma qualidade que o técnico Tite costumava valorizar em todas as entrevistas: a força mental:
“A Copa exige um componente emocional muito forte” - repetia o treinador aos jornalistas. “Nós precisamos manter uma concentração em todos os momentos. É importante manter o foco e ter força mental para evitar o descontrole”, ensinava.
Sobrou então ao time da Rússia o que faltou no nosso: força mental. É essa força que ajuda o atleta a fazer exatamente aquilo que estava programado, sem desculpas, sem desvios ou procrastinação.
O que impede o jogador de futebol numa Copa do Mundo de fazer o que ele e o seu treinador programaram é uma espécie de conflito interno entre o querer e o poder.
Só isso explica, por exemplo, o baixo rendimento de Neymar e Gabriel Jesus, e também os gols perdidos por Coutinho e Renato Augusto nos minutos finais do jogo contra a Bélgica. Se houvesse controle mental, teríamos virado pra 3x2, sem precisar nem de prorrogação.
Daí a declaração do próprio Tite, no calor da eliminação, admitindo, sem rodeios, que talvez tenha faltado competência aos nossos atacantes.
Faltou a força mental, professor Aldenor!
Pronto, está explicado.
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