Grêmio e Inter repetiram em campo o tom amistoso das arquibancadas

Grêmio e Inter repetiram em campo o tom amistoso das arquibancadas

Se o objetivo do Gre-Nal de domingo era acomodar as coisas, passando por cima daquela velha rivalidade que sempre colocou gremistas e colorados em campos diametralmente opostos, ele foi alcançado a pleno. 
 
O empate em 0 a 0 não foi, nem por hipótese, fruto de um equilíbrio de forças entre os dois grandes times do futebol sulino.
 
Para o Inter, poupando-se para o jogo desta quarta-feira contra o Emelec, pela Libertadores,  foi mero cumprimento de carnê, com direito a jogar desfalcado de oito titulares. 
 
Para o Grêmio, foi mais um confronto de ajuste da nova equipe que o Felipão vem tentando formar, com substancial aproveitamento da prata da casa.
 
Esses dados arrefeceram os ânimos de ambas as torcidas, que se comportaram de forma elogiável, principalmente no setor ocupado pela experimental torcida mista, que tornou o Gre-Nal 404 histórico um belo exemplo de civilildade.
 
Resta saber agora até que ponto e até quando essa "paz costurada" vai perdurar no clássico dos Pampas.
 
Dessa vez, nada de importante havia em disputa e, em ocasiões como essa, até os torcedores mais exaltados costumam "ensarilhar armas", desarmando-se quase por completo do seu espírito guerreiro. 
 
Por outro lado, esse Gre-Nal "água com açúcar", que mais parecia jogo de compadres, não suscitou nenhum lance dentro das quatro linhas capaz de cutucar a galera das arquibancadas, para que se ficasse sabendo acerca da reação da torcida mista, frente à uma divergência de opiniões consubstanciada em algo polêmico que porventura aflorasse no gramado. 
 
Não houve gol validado nem anulado; não houve presumível penalidade não marcada. ou inventada pelo juiz, tampouco jogo violento que mexesse com os ânimos do torcedor, provocando reações exacerbadas entre as torcidasantagônicas.
 
Gremistas e colorados sentavam lado a lado para provar que forças divergentes podem caminhar de mãos dadas em nome da santa paz, hoje tão escassa no viveiro universal dos humanos. Se provaram ou não, só o tempo dirá.
 
Sem esses fatores via de regra responsáveis pela exaltação de ânimos no enorme barril de pólvora que circunda o campo de jogo, o 0 a 0 do placar acabou se refletindo nas arquibancadas.
 
Isso permite dizer que positivamente esse primeiro Gre-Nal do Gauchão não serviu de "termômetro" para medir a temperado desse acordo de paz entre gremistas e colorados.
 
A iniciativa, imbuída do melhor dos propósios, valeu como exemplo de convivência passíica entre torcidas rivais, mas carece ainda de uma comprovação mais efetiva, algo que só será conseguido num Gre-Nal quente, válido por um certame de maior relevãncia. 
 
Deixando de lado a trégua das aqrquibancadas, é importante observar que o "clássico da paz", não pelo resultado, mas pelo que se viu em campo, teve como maior novidade a atuação do menino Lincoln, de apenas 16 anos.
 
Com personalidade de jogador experiente, o garoto bom de bola  vestiu a camisa do Grêmio no maior clássico gaúcho e teve uma atuação de luxo, revelando possuir os pressupostos básicos desejáveis a um jogador que pretenda ser chamado de craque:
 
Revelou, etre outras qualidades, excelente domínio de bola, notável senso de colocação e uma visão de jogo extraordinária. 
 
Lincolon, como seu futebol livre, leve e solto, fez lembrar estrelas do passado, como Paulo César Carpegiani e Ségio Lopes, o "Fita métrica", que  foi trazido pelo Inter para Porto Alegre e acabou se consagrando no Grêmio, como um dos maiores meio campistas do futebol brasileiro.  
 
Para finalizar, uma curiosidade. Estou escrevendo esse comentário meia hora após ter sido submetido a uma cirurgia de implante dentário numa conceituada clínica odontológica de Porto Alegre.
 
E o que isso trem a ver com futebol ? - qualquer um trem o direito de perguntar com toda razão.
 
Calma, eu explico ! 
 
O dentista que fez o excelente procedimento cirúrgico,  que me permite produzir esse comentário, momentos depois,  sem nenhum trauma decorrente da cirurgia, Contou-me que jogou nas categorias de base do Inter.
 
Disse que não se sentindo possuidor de um futebol que lhe acenasse com  a possibilidade de virar craque e fazer o seu "pé de meia de meia" no mercado da bola, preferiu investir nos estudos, tornando-se o conceituado cirurgião-dentista que hoje presta relevantes serviços odontológicos na capital gaúcha.   
 
Diante dessa revelação, observei ao final da cirurgia:  "ainda bem que você não tinha bola no pé para seguir na carreira de jogador, Dr. Felipe, pois se tivesse se tornado jogador profissional, a gente teria perdido o excelente profissional de odontologia, que acaba de me provar que é um craque do bisturi na arte de implantar dentes. 
 
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Foto: UOL

SOBRE O COLUNISTA

Lino Tavares é jornalista diplomado pela PUC/RS, especializado em jornalismo impresso, televisionado, radiofônico e cinematográfico, além de habilitação polivalente em Relações Públicas e Publicidade/Propaganda.

Possui, ainda, o Curso de Especialização em Comunicação Social do Centro de Estudos de Pessoal do Exécito (Rio-RJ) e o de Treinador de Futebol, pat... Saiba Mais

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