"Tricolor gaúcho procura novo técnico, mas precisa reforçar o plantel

"Tricolor gaúcho procura novo técnico, mas precisa reforçar o plantel

Depois de perder tudo (Copa do Brasil de 2014, classificação para a Libertadores de 2015, Gauchão e mergulhar na Zona de Rebaixamento na segunda rodada do Brasileirão deste ano, o Grêmio de Felipão se viu livre do seu técnico perdedor, que pediu demissão com cara de quem sabia que seria demitido, em situação muito parecida com a daqueles ministros corruptos que se dizem demissionários, quando na verdade foram convidados a se demitir pelo mesmo governante que os nomeou.
 
Já não era sem tempo. Se o Grêmio fosse um doente na UTI e não um clube de futebol figurando na tabela de classificação do campeonato brasileiro de 2015, poderia ser dito, sem que isso configurasse exagero, que  "é grave o seu estado de  saúde".

Não pelo simples fato de ocupar no momento a "vice-liderança" da Zona de rebaixamento, haja vista que  o Cruzeiro, campeão brasileiros dos dois últimos certames nacionais,  está em posição ainda inferior, segurando a lanterna do recém inciado Brasileirão 2015.
 
A diferença é que o clube mineiro tem todos os motivos do mundo para não colocar todo seu potencial futebolístico a serviço do Brasileirão. Afinal, tal como o Internacional, que lhe passou a lanterna na última rodada, a Raposa está em busca de seu terceiro título na Libertadores.
 
Já o Grêmio do agora demissionário (ou demitido) Felipão não tem justificativa alguma para ter começado o campeonato ganhando apenas 1 ponto em 6 deisputados, pois o único certame paralelo que disputa é essa brincadeira de "David contra Golias" dos primeiros jogos da Copa do Brasil, na qual Felipão deu seu último suspiro na vitória de 3 a 1 diante do fraco CRB.
 
É claro que o Grêmio do gol exótico na derrota de 2 a 0 para o Coritiba também teria todas as condições de sair do Z4 no jogo teoricamente fácil,  sábado,  contra o Figueirense, em casa.
 
Afinal o seu parceiro do Z4 tem a pior campanha entre os quatro clubes catarinenses que compõem a segunda maior representação por estado no campeonato brasileiro de 2015.

Deixando de lado as posições transitórias da tabela de classificação, é correto dizer que o que mais assusta nesse Grêmio por ora sem comissão técnica  e sem preparador físico é a pobreza futebolística que vem apresentando em campo, o que não é de hoje.
 
Trata-se de um sintoma de fraqueza revelado a partir da primeria fase do Gauchão, certame que começou de forma desastrosa, parecendo até que poderia cair para a segundona dos Pampas.

Depois, aos trancos e barrancos, conseguiu um relativo equilíbrio e soube tirar partido da deficiência de plantel dos clubes pequenos, chegando à final do campeonato caseiro para disputar com o misto quente do Internacional - e perder - o título do campeonato gaúcho, escancarando suas limitações em ambos os grenais decisivos.
 
Em função desse histórico sofrível,  a presença do Grêmio na Zona de Rebaixamento, em pleno limiar do campeonato, é deveras preocupante e soa como um sinal de alerta de que, se não contratar um técnico capaz de transformar essa herança maldita que receberá do Felipão em algo que se possa chamar de time de futebol, o tricolor gaúcho passa a viver situação de risco, nesse campeonato,  que inclui até a hipótese de mergulhar no inferno da segunda divisão pela terceira vez.

Para aumentar ainda mais a tensão nas hostes mosqueteiros do Pampa, o arquirrival colorado vive momento de graça, começando a conquistar status de sério candidato ao título da Libertadores depois de haver 'jantado o Galo' no Beira-Rio, embora sem impor um predomínio absoluto nos jogos de ida e volta, já que sua vantagem sobre o rival mineiro concentrou-se basicamenre no elevado índice de aproveitamento dos arremates a gol,  com direito a dois gols de placa na segunda partida: um de Valdívia (jovem relvelação),  outro do veterano D'Alessandro.

É verdade que essas vitórias alcançadas em cima de aproveitamento máximo da linha ofensiva requerem cuidado especial, já que se ficar só nisso a equipe beneficiada por esse fator único numa determinada partida poderá ter surpresas desagradáveis noutra em que  esse índice de aproveitamento não se repetir.

É preferível arrematar dez vezes contra o arco adversário e fazer apenas dois gols do que fazer  o mesmo placar, arrematando apenas em duas oportunidades de forma certeira, valendo-se do índice conhecido como "100% de aproveitamento".

Mas essa é uma tese que vale para o futebol como um todo, não se aplicando portanto como suposta limitação do Inter atual, que tem ótimo plantel e um técnico competente para aumentar seu potencial de fogo e logo mais à noite, no estádio El Campín,  contra o Santa Fé da Colômbia,  alcançar uma vitória consequente de lances ofensivos mais consistentes, com muitos chutes a gol, e não apenas resultante do aproveitamento máximo nos arremates.

O colorado gaúcho tem todos os motivos para querer mostrar na partida de hoje mais poderio ofensivo do que aquele revelado nos jogos contra o Atlético, uma vez que, jogando na casa do adversário, precisa marcar gols a fim de aproveitar a vantagem do saldo qualificado, reduzindo a chance de que o adversário venha a se beneficiar desse critério no jogo de volta em Porto Alegre.

Não vai ser fácil para os comandados de Diego Aguirre a tarefa de vencer o Santa Fé e fazer saldo de gols que lhe favoreça para a decisão de mais esse mata-mata no Beira-Rio, uma vez que as equipes colombianas costumam vender muito caro, em seus domínios, a derrota para times visitantes. 

Mas não será nenhuma surpresa se os companheiros de Váldivia (ídolo que desponta) alcançarem essa façanha, uma vez que o elenco colorado vive fase esplendorosa, na qual tudo tem dado certo, apresentando como resultado a conquista do Gauchão, a passagem para as quartas de final da Libertadores e a recuperação da largada desastrosa no Brasileirão, na derrota de 3 a 0 para o Atlético Paranaense, passando da última para  a 13ª colocação na tabela,  após a vitória de 1 a 0 diante do Avaí, domingo último no Beira-Rio.
 
Sobre o campeonato brasileiro como um todo,  parece cedo para projeções, pois recém terminamos a segunda rodada e é muito reduzido o número de pontos que separa as equipes que ocupam as primeiras colocações daquelas que  que se encontram nas posições menos privilegiadas da tabela.

Isso permite dizer que seria deveras prematuro por parte do torcedor corintiano começar a festejar a liderança de seu clube com seis pontos conquistados e cem por cento de aproveitamento, quanto o seria por parte da torcida do Cruzeiro temer pela sorte da Raposa no Brasileirão deste ano, em razão do zero por cento de aproveitamento nos dois primeiros jogos do campeonato. 

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SOBRE O COLUNISTA

Lino Tavares é jornalista diplomado pela PUC/RS, especializado em jornalismo impresso, televisionado, radiofônico e cinematográfico, além de habilitação polivalente em Relações Públicas e Publicidade/Propaganda.

Possui, ainda, o Curso de Especialização em Comunicação Social do Centro de Estudos de Pessoal do Exécito (Rio-RJ) e o de Treinador de Futebol, pat... Saiba Mais

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