O Mundial de Basquete está chegando. A partir do dia 30 de agosto, na Espanha, as melhores seleções do mundo vão se enfrentar em busca do maior título da modalidade ao lado das Olimpíadas.
O Brasil poderia nem estar participando do campeonato, já que não conseguiu a classificação direta, por meio da Copa América. Assim, a Seleção Brasileira precisou receber um convite da FIBA (Federação Internacional de Basquete) para figurar, mais uma vez, no Mundial.
A preparação, que começou há um mês, no dia 21 de julho, está chegando ao seu fim. O técnico Rúben Magnano teve tempo de treinar e testar seus convocados. Agora, restam apenas mais três amistosos antes da grande estreia no Mundial, no dia 30, contra a França.
Neste período de treinamentos, o Brasil enfrentou Angola, duas vezes a Argentina, México e Estados Unidos. Em cinco jogos, a seleção conseguiu três vitórias e duas derrotas. Um bom número, já que o revés contra os estadunidenses era esperado e contra a Argentina, em Buenos Aires, é muito difícil vencer.
Agora, até o dia 23, a seleção encara a Lituânia, vice-campeã europeia de 2013, a Eslovênia e Irã, que também será seu segundo adversário no Mundial. Ou seja, em seu período de testes, o Brasil só enfrentou equipes que estarão na Copa do Mundo, o que é um bom sinal e bom parâmetro para todos.
Desde o primeiro amistoso contra a Angola, no dia 31 de julho, até o seu último, contra os Estados Unidos, no dia 16 de agosto, conseguimos notar grandes diferenças no time.
Pelo lado positivo, ficou bem claro que o Brasil terá um dos garrafões mais fortes de todo o Mundial. Tiago Splitter, Nenê, Anderson Varejão e Rafael Hettsheimeir mostraram até na partida contra o todo poderoso Estados Unidos que são o ponto forte da seleção. Hettsheimeir, inclusive, foi uma das surpresas do confronto, já que saiu do banco e entrou muito bem, acertando até arremessos de três pontos.
Além disso, o ataque armado por Magnano mostrou que sabe fazer pontos quando trabalha bem a bola, aproveitando todos os cinco jogadores de quadra. A defesa, quando está no 5 x 5, mostrou que também sabe fazer um bom trabalho e parar os adversários.
Contudo, a afobação e os nervos fazem com que, por vezes, tanto ataque quanto defesa sejam ineficazes. Principalmente durante o duelo contra os norte-americanos, os brasileiros cometeram erros em saídas de bola, de contra-ataques e ainda ficaram desatentos na defesa. O início do último quarto contra os estadunidenses exemplifica muito bem isso. A partida estava equilibrada após o terceiro período, mas, em poucos minutos, ela ficou decidida.
Ninguém espera que Marcelinho Huertas repita a péssima atuação que teve no sábado. Afinal, ele já mostrou que é um dos melhores armadores que atuam na Europa.
Outro problema para o Brasil é o fraco desempenho em arremessos de longa distância. Mesmo contando com especialistas de bolas de três pontos no elenco como Leandrinho e Marcelinho Machado, a seleção teve fraco aproveitamento. E isso pode ser um grande perigo para o Mundial, já que a maioria das equipes que forem enfrentar os brasileiros tentaram fechar o garrafão.
Se os arremessos do Brasil não começarem a cair, o ataque sofrerá grandes problemas, pois não terá um desafogo para os pivôs. Lembrando que já na primeira fase, a seleção enfrente Espanha, França e Sérvia, que contam com ótimos jogadores dentro do garrafão e isso será um desafio para Magnano.
Sem dúvidas, a preparação feita pela seleção foi boa. Atuou contra ótimos times e conseguiu assimilar como está o nível internacional. Com isso, se nada de anormal acontecer, podemos esperar uma grande participação do Brasil no Mundial. A minha expectativa é que chegue ao menos nas quartas-de-final, o que já é um bom resultado, ainda mais para quem não conseguiu uma vaga direta.
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FOTO: Reprodução/CBB
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