Calma gente: o colunista não enlouqueceu. Nem mesmo escreveu antes a coluna achando que poderia adivinhar o resultado do jogo. O Santos conquistou um título no domingo sim: o de campeão absoluto de vexames de 2011 para cá. A alegria da conquista da Libertadores escondia um sentimento terrível de vergonha atrás de vergonha. E o fundo do poço chegou.
Logo após a Libertadores os vexames começaram com a derrota de cinco para o Flamengo na Vila Belmiro. Ah, mas fez quatro. E daí ? Vencia por 3 a 0 e jamais poderia permitir a virada. Vexame sim. No final daquele ano a vergonha foi diante do Barcelona no Japão. Em 2012 um resultado que não chegou a ser vergonhoso, mas foi inadmissível: a eliminação na Libertadores abrindo caminho para o título do maior rival mesmo tendo um time bem superior. Em 2013 a lista é ampla: derrota no domingo de Carnaval 3 a 0 no Pacaembu para o Paulista de Jundiaí, sufoco para passar pelo Mogi Mirim e perda pela primeira vez de um título na Vila Belmiro, justo para o maior rival. Depois mais uma humilhação diante do Barcelona. Este ano a derrota de quatro para o Penapolense e a perda pela primeira vez na história de uma final para um time de menor expressão. É vergonha demais.
E o por que do mais recente vexame ? Simples: o time não jogou nada nas duas finais. Fez um campeonato bom, é verdade. Mas não jogou nada contra o Ituano. E nem pode reclamar da má sorte nos pênaltis, afinal, tinha a obrigação de resolver o problema antes. Sem falar que colocaram para bater um jogador manco, que vai ficar dois meses fora. Como disseram alguns ex-jogadores do clube ouvidos a respeito o Santos foi um time frouxo. Não pode ser esquecido, ainda, o erro lamentável da diretoria, que permitiu a disputa da final fora da Vila Belmiro, jogando no lixo a única vantagem que o regulamento lhe proporcionava.
Apesar de tudo a hora é de tranquilidade. O trabalho de Oswaldo de Oliveira é bom e deve prosseguir. E, por favor, nada de crucificar Leandro Damião e David Bráz, os vilões preferidos dos que pouco sabem de futebol. Teve gente que produziu muito menos quando o time mais precisava.
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Foto: UOL
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