Com a vitória, o Timbu encostou no G-4 da Série B.

Com a vitória, o Timbu encostou no G-4 da Série B.

Na vitória por 2 a 1 contra o Ceará, o Náutico foi no 4-3-3, sem referência fixa no comando de ataque, geralmente com Crislan mais aberto pela direita e Cañete mais pelo centro. Tinha proposta reativa, num sistema bem fechado, compactando-se em bloco médio/baixo, normalmente na própria intermediária no 4-1-4-1, negando espaços e buscando a saída em velocidade no contragolpe. Por vezes tentava apertar a marcação para dificultar a transição cearense, normalmente com Vinicius pressionando alto os volantes adversários pela faixa central. 
 
Caracterizava-se pela intensidade e velocidade na transição defesa-ataque, saindo com muita rapidez após a recuperação de bola em campo defensivo. Crislan entrava na diagonal e Rafael Cruz atacava o corredor e era opção para virar o jogo e abrir o campo. Cañete saía da área para buscar jogo e dar opção de passe curto ao portador da bola e abria pelos flancos, enquanto que outros ocupavam o espaço mais à frente e topavam com a linha defensiva cearense. Principalmente Crislan quando ia de fora pra dentro e Vinicius, que chegava muito na área, carregava a transição pelo meio e participava ativamente das ações ofensivas, movimentando-se intensamente e circulando entre as linhas de meio e ataque muitas vezes. Um dos gols alvi-rubros veio de uma saída rápida da defesa para o ataque, onde Sassá se movimentou inteligentemente, projetando-se no facão em diagonal e aparecendo às costas da linha defensiva do Ceará para concluir. A proposta reativa do Timbu foi reforçada após o primeiro gol da equipe. Nos escanteios defensivos, o Náutico marcava individualmente no bolo da área, com um jogador(Vinicius) marcando a zona na primeira trave. 
 
O Ceará se posicionou no habitual 4-4-2 em linhas, porém, pela necessidade de propor o jogo e tentar atacar/agredir o Náutico, acabou deixando muitos espaços na intermediária defensiva. Troca de ação ofensiva-defensiva e transição ataque-defesa com muita lentidão, e sistema defensivo exposto aos agudos e acelerados contra-ataques pernambucanos. Nem de longe lembrava aquele Ceará da Copa do Brasil, que tinha como principais virtudes a agressividade na marcação independente da altura dos blocos, compactação curta e balanceamento perfeito das linhas para o lado atacado. Porém, era até previsível que isso fosse acontecer pelas circunstâncias do jogo. 
 
O jogo do Vozão era de posse e progressão em campo ofensivo. Virava bem o jogo da direita para a esquerda, com Nikão abrindo pra trabalhar com Samuel Xavier pelo lado da bola, Eduardo fechando por dentro na intermediária ofensiva, enquanto que Vicente atacava o espaço no setor esquerdo e cruzava procurando a movimentação de Bill entre os zagueiros para a escorada. Em situações em que Ricardinho era o portador da bola e não sofria pressão mais próxima de jogadores alvi-rubros, o Ceará conseguia ter mais criatividade, usando da inteligência, visão de jogo e qualidade na enfiada do camisa 8. Ricardinho procurava a movimentação de Magno Alves no entre-linhas, dando opção para tentar a recepção às costas dos volantes. Em uma ocasião, Ricardinho deu um lançamento vertical buscando a ruptura nas costas da defesa do Náutico. Bill traçou a diagonal curta, se projetou às costas dos zagueiros porém, não conseguiu concluir bem em gol. 
 
A entrada de Lima no lugar de Bill na segunda etapa, deu mais mobilidade ao ataque do Ceará. Lima procurava espaços para fazer o pivô, buscava o entrelinhas para tabelar e oferecer linha de passe e escorava bem a primeira bola nas ligações diretas. O Náutico recuou ainda mais suas linhas, se fechando em campo defensivo e procurando retenção de bola quando estava em campo ofensivo. Os cearenses ainda descontaram com Magno Alves, porém, não conseguiram o empate. 

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