Sport e Goiás empataram sem gols em Goiânia. Jogo muito ruim tecnicamente e caracterizado pela falta de criatividade de ambas as equipes, que marcavam de forma bem compactada, mas com a bola nos pés, tinham pouca objetividade e muita dificuldade para encontrar espaços.
 
Os dois sistemas de jogo eram extremamente semelhantes. 4-2-3-1 em fase ofensiva e 4-1-4-1 quando a bola estava sob domínio adversário, com um dos volantes subindo o bote e o outro ficando no entre-linhas. O Sport cedia mais metros da intermediária à progressão goiana e alternava de bloco médio pra baixo, fazendo encaixes no setor, buscando manter a curta distância entre as linhas de defesa e meio, e deixando 9 jogadores atrás da linha da bola, com Leonardo mais à frente. O Goiás tentava adiantar mais a marcação para forçar os lançamentos e congestionar o meio-campo, negando espaços ao encaixe do passe vertical entre-linhas e limitando o adversário a trocar passes lateralmente. Porém, faltava agressividade na marcação por parte de ambas as equipes.
 
Os dois times atacavam prioritariamente pelos lados do campo. O Sport tentava passes longos e enfiadas de bola por cima, buscando a movimentação de Felipe Azevedo e Erico Junior(que invertiam o lado do campo com certa constância) e a flutuação de Zé Mário, que também abria na ponta para dar opção de passe/esticada e tentar a jogada pelo fundo do campo. O time goiano tinha dificuldade para desenvolver o jogo pelos flancos, já que Eduardo Baptista fixava referência individual quando o adversário atacava por determinado lado, com Erico Junior e Felipe Azevedo acompanhando os laterais adversários até o final, enquanto que Patric e Renê pegavam quem caísse pelo seu setor mais à frente. O centroavante Assuério saía constantemente da área para buscar jogo, circular entre as linhas de defesa e meio, oferecer linha de passe ao portador da bola, tentar o arranque nos contra-ataques ou procurar a jogada pelos lados da área. Porém, faltava a aproximação dos meias, que muitas vezes deixavam-o isolado na frente e distante do resto do time. 
 
O Goiás ganhou mais velocidade pelo lado direito do ataque com a entrada de Erik, que tentava forçar pra cima de Renê, buscar as jogadas de fundo e dar opção de alargamento do campo por ali quando ocorria o encurtamento da linha defensiva rubro-negra, opcionando viradas de jogo e esticadas de bola. A marcação do Esmeraldino passou a ser mais agressiva, com os homens de frente pressionando mais intensamente a saída de bola em cima dos volantes e dificultando a transição entre os setores do Sport, que não conseguia mais trocar passes no meio-campo, nem sair com rapidez da defesa pro ataque. Eduardo Baptista tentou dar mais velocidade nos contra-ataques pela esquerda com Danilo, porém, não obteve sucesso. O Goiás tinha maior volume de jogo, mais posse de bola e o domínio territorial da partida. Com Bruno Mineiro, os comandados de Ricardo Drubscky ganharam mais presença entre os zagueiros e bola aérea ofensiva, passando a explorar mais os cruzamentos, e com Esquerdinha, tentaram dinamizar a criação com este vindo de fora pra dentro e também tentando a jogada na ponta pra cima de Patric. Apesar do controle do jogo, o Goiás não conseguiu transformar as chances que teve em gols. 

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