Maria Lenk foi a pioneira do país em olimpíadas

Maria Lenk foi a pioneira do país em olimpíadas

Hoje é comemorado o Dia Internacional da Mulher e não dá para esquecer os feitos que muitas delas tiveram no esporte, apesar de toda dificuldade que elas encontraram no decorrer dos anos.

Após ficarem fora da primeira edição dos Jogos Olímpicos, em Atenas, em 1896, elas finalmente puderam  competir em Paris, em 1900, quando 22 mulheres foram as pioneiras.

Mas as brasileiras iriam demorar muito tempo ainda até alcançar a honra de disputar uma olimpíada, isso só veio a ocorrer em 1932, em Los Angeles, com a nadadora Maria Lenk.

Outra espera foi pela primeira medalha olímpica feminina do país mas quando ela surgiu já veio dourada, com Sandra Pires e Jaqueline Silva ganhando ouro, no vôlei de praia, em 1996, em Atlanta.

E Atlanta serviu para colocar realmente nossas mulheres no  mapa do esporte, já que Adriana Samuel e Mônica Rodrigues ficaram com a prata também no vôlei de praia, o basquete feminino também ficou com prata, e o vôlei feminino ganhou bronze.

Estava aberta a porta para novas conquistas e nunca mais tivemos uma olimpíada sem a presença feminina no pódio.

Claro que não dá para citar todas as mulheres que fizeram a nossa história esportiva, mas podemos lembrar de algumas que deixaram seu nome marcado na história.

Começando pela própria Maria Lenk, a pioneira do país, que entrou na história mesmo sem ter conquistado medalha, algo que na natação só veio em 2016, no Rio, e nas maratonas aquáticas, com Poliana Okimoto.

Passando pela tenista Maria Esther Bueno, que nunca disputou uma olimpíada, já que o tênis não fazia parte do programa durante sua carreira, mas campeã de sete torneios de Grand Slam individuais e mais doze em duplas.

Chegando no atletismo, que teve o ouro de Maurren Maggi em 2008, em Pequim, e títulos mundiais de Fabiana Murer, no salto com vara.

E o judô, das douradas Sarah Menezes e Rafaela Silva, de Mayra Aguiar duas vezes medalha de bronze e Ketlein Quadros, também medalhista de bronze.

Nos esportes coletivos, o vôlei, com seu bicampeonato olímpico, em 2008 e 2012, e mais duas medalhas de bronze. Das pioneiras Ana Mozer, Venturini, Marcia Fu e Ana Paula. Passando por  Fofão, Leila e Virna, até chegar a geração de Sheila, Jaqueline e Tahísa, bicampeã olímpica.

Isso sem contar as sete medalhas conquistadas no vôlei de praia.

Não dá para esquecer o basquete, da dupla Paula e Hortencia, prata em 1996, e bronze em 2000, já sem as duas, mas com Janeth comandando a equipe. Esse trio foi responsável pelo nosso único título mundial da modalidade, em 1994, na Austrália.

O futebol feminino, apesar de todos os problemas de falta de apoio, conseguiu ter em Marta a melhor jogadora do mundo em vários anos, e as medalhas de prata em 2004 e 2008.

Mais recentemente surgiu o handebol, com Alê e Duda eleitas melhores do mundo, e mais Dani, Dara, Mayssa, Ana Paula, que levaram o país ao título mundial de 2013.

Na ginástica, apesar de nenhuma medalha olímpica, nossas garotas, com Daiane dos Santos, Jade Barbosa, Daniele Hypólito, Laís Souza, Rebeca Andrade e Flávia Saraiva também ganharam o mundo.

No iatismo Fernanda Oliveira e Isabel Swan, na classe 470, tem um bronze, e no Rio, Martine Grael e Kahena Kunze ganharam o primeiro ouro feminino para o país na vela.

E as heroínas de esportes com menor apoio, com Natalia Falavigna, no taekwondo, Yane Marques, no Pentatlo Moderno e Adriana Araújo, no boxe, todas medalhistas olímpicas.

A lista é extensa e como eu disse, não dá para falar de todas, mas a única certeza é que o esporte feminino brasileiro está em grande crescimento e que mais uma vez podemos esperar delas grandes feitos em Tóquio, em 2020.

Parabéns a todas, vocês merecem....

SOBRE O COLUNISTA

Jornalista com passagens pela Rádio Jovem Pan, Sportv e Fox Sports é especialista em esportes olímpicos.

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