Dirigido por Renan, Brasil é um dos favoritos. Foto: Divulgação/FIVB

Dirigido por Renan, Brasil é um dos favoritos. Foto: Divulgação/FIVB

Por João Antonio de Carvalho

Com dois jogos isolados começou neste domingo o Mundial de Vôlei Masculino, que será disputado em duas sedes, Itália e Bulgária, e o Brasil vai tentar a sua quarta conquista, entrando como um dos favoritos, mas numa competuição muito equilibrada e com outras seleções com muita chance de brigar pelo título.

A equipe dirigida por Renan dal Zotto vai para a competição sem jogadores importantes, como os atacantes Lucarelli e Maurício Borges, contundidos, e com Lipe sem estar 100% fisicamente. Mesmo assim tem Wallace em grande fase e a experiência de Bruninho, Lucão, William e Evandro.

O Brasil está no Grupo B, ao lado de adversários difíceis, como a França, de Earvin N´Gapeth, a Holanda, que após a grande fase dos anos 90 tenta se reerguer, e o Canadá, que vem crescendo muito. A China, mesmo sendo da escola asiática, não deve atrapalhar, e a outra carta fora do baralho é o Egito, exatamente o adversário de estréia.

O Grupo A foi iniciado com a fácil vitória da Itália, uma das anfitriãs, por 3 sets a 0 contra o Japão, na bela quadra montada no Foro Itálico. Nessa chave os italianos, tricampeões em 1990/94/98, na época de Zorzi e Lucchetta, não terão muito trabalho e devem se classificar com facilidade, principalmente após a volta de Ivan Zaytsev.

A briga pelas outras três vagas não deverá ter grandes surpresas, já que Argentina, do vitorioso treinador Julio Velasco, Bélgica e Eslovênia estão bem à frente de Japão e República Dominicana.

No Grupo C estão dois dos grandes favoritos ao título, Estados Unidos e Rússia. Os americanos, liderados por Matthew Anderson, vem de um bom terceiro lugar na Liga das Nações, que foi conquistada exatamente pela Rússia, que é a maior campeã mundial, com seis títulos, mas o último deles conquistado apenas em 1982.

A terceira vaga na chave deve ficar com a Sérvia, campeã da Liga Mundial em 2016, em cima do Brasil, e dirigida por Nikola Grbic, que era levantador da equipe campeã olímpica em 2000. Pela fragilidade de Camarões e Tunísia, a Austrália não deve ter probemas para ficar com a quarta vaga.

Finalmente o Grupo D, que também foi iniciado domingo, com a vitória da outra anfitriã, a Bulgária, por 3 a 0 sobre a Finlândia. Mesmo não estando entre os principais favoritos, o fato de jogar em casa vai empurrar o time búlgaro.

A principal favorita é a Polônia, campeã mundial em 2014 em cima do Brasil, mas que não conta com o contundido Mateuzs Mika, grande nome daquela conquista, ao lado de Kubiak.

Outras seleções que devem se classificar são o Irã, de Marouf e Mousavi, grande surpresa nos últimos anos e a ascendente Finlândia. Porto Rico e Cuba, que já foi uma potência mas hoje compete com um time juvenil, devem ser eliminados.

Eu diria que os principais favoritos são Estados Unidos, França, Rússia, Brasil, pela regularidade nos últimos mundiais, e a Itália, por sediar a competição. Correm por fora Polônia, Sérvia e a Bulgária, pelo fato de jogar em casa as duas primeiras fases.

Aí vem o bloco intermediário, com Argentina, Eslovênia, Canadá, Holanda, Irã e Bélgica, que podem aprontar alguma coisa mas devem ficar longe do título. Os demais foram só para passear.

SOBRE O COLUNISTA

Jornalista com passagens pela Rádio Jovem Pan, Sportv e Fox Sports é especialista em esportes olímpicos.

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