O Brasil entrou definitivamente no mapa mundial do tênis de mesa, após a bela participação de Hugo Calderano no Aberto do Qatar, uma espécie de torneio Grand Slam da modalidade.

Calderano terminou com a medalha de prata, um resultado inédito para um brasileiro, ao perder na final para o chinês Fan Zhendong, atual vice-líder do ranking mundial, por 4 a 0, com 11/13, 10/12, 7/11 e 7/11.

Para chegar na final, Calderano venceu o alemão Timo Boll, atual líder  do ranking, o japonês Tomokazu Harimoto, de 15 anos, 12º no ranking e grande revelação da temporada, e Lin Gaoyuan, quarto melhor do mundo.

Esse resultado mostra que em breve ele estará no Top 10 do mundo e se conseguir manter esse nível até 2020, pode até brigar por medalha em Tóquio.

Calderano começou a aparecer em 2014, quando ganhou medalha de bronze nos Jogos Olímpicos da Juventude, em Nanquim (o ouro ficou com Zhendong, seu adversário neste domingo), e já atuava no tênis de mesa da Alemanha, pelo Ochsenhausen.

Nesse mesmo ano de 2014, em outubro, ele já mostrava sua cara, ao vencer o alemão Timo Boll, que na época era nono do ranking mas já tinha sido número um.

Nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, ele chegou nas oitavas-de-final, igualando a melhor marca de um brasileiro, Hugo Hoyama, em Atlanta, em 1996.

Hoje Calderano, que tem apenas 21 anos, está em 15º no ranking mundial, mas tem à sua frente quatro chineses, país que domina a modalidade, e quatro japoneses. Como numa olimpíada só podem jogar dois atletas por país, ele já estaria praticamente entre os dez melhores.

O importante é se manter nesse nível e seguir ganhando de jogadores que estão na sua frente, isso certamente dará mais bagagem e experiência para ele. Mas é incontestável que tantas vitórias não aconteceram à toa, Calderano já está entre os melhores do mundo.