Após quase quatro horas de jogo, o sérvio Novak Djokovic levou a melhor diante do escocês Andy Murray, faturando assim o título do Aberto da Austrália, o primeiro Grand Slam do ano.O placar demonstra que o jogo foi duro, entretanto, o “pneu” sofrido por Murray no último set, aponta também que algo incomum ocorreu.


Nole parecia cansado, seu estado físico dentro do jogo era um ponto de interrogação, enquanto Murray iniciava o terceiro set dando a impressão que deslancharia. Ficou na falsa impressão, pois bastaram alguns erros e quebras, para que a instabilidade emocional desabasse sobre ele. Literalmente saiu do jogo e os pontos conquistados por Djokovic eram, na maioria, frutos de erros do escocês.


O placar de 6-0 no quarto set foi uma espécie de decreto da falência emocional de Andy Murray no jogo, confirmando mais uma vez que no tênis, e isso não é novidade para ninguém, o controle mental é um importante componente.
Murray tinha plenas condições de vencer, chegou à final credenciado graças à sua trajetória no torneio, mas infelizmente seus neurônios não o ajudaram muito. As discussões que manteve com ele mesmo e com alguns “fantasminhas” durante os games, somente o prejudicaram. Ele bem que tentou descontar na raquete, ao arremessa-la no chão, mas ela resistiu. O problema não era a raquete!


O fenômeno Novak Djokovic, pentacampeão na Austrália, nada tem a ver com isso, pelo contrário, fez sua parte e segurou as pontas em determinados momentos do jogo onde parecia balançar.


Passada mais uma conquista de Djokovic, fica a pergunta: “quem será capaz de parar o sérvio”? Ele está em sua plenitude técnica e esbanja controle emocional quando pressionado. Talvez fisicamente não esteja 100%, mas é começo de temporada e todos ainda estão com os músculos travados.
Sejamos benvindos ao circuito do tênis em 2015!

Esporte é vida!
Gustavo Alves dos Santos - nosesportes@gmail.com
No Twitter: @gustavofarmacia

Foto: UOL

SOBRE O COLUNISTA

"Esporte é vida". Esta frase, frequentemente proferida na televisão, marcou o momento em que comecei a me interessar muito pelos esportes. Lembro-me das Olimpíadas de Moscou em 1980, da comoção que causou, pela sua grandiosidade e imponência.

Mas a vida geralmente dá voltas e acaba nos surpreendendo. Sou salesiano, formado no Liceu Coração de Jesus, um dos mais tradicionais ... Saiba Mais

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