É um sofrimento silencioso para sociedade, a cena consiste na maioria das vezes em uma mãe transitando pela rua com olhos lacrimejantes procurando por um filho que dificilmente voltará

É um sofrimento silencioso para sociedade, a cena consiste na maioria das vezes em uma mãe transitando pela rua com olhos lacrimejantes procurando por um filho que dificilmente voltará

É um sofrimento silencioso para sociedade, a cena consiste na maioria das vezes em uma mãe transitando pela rua com olhos lacrimejantes procurando por um filho que dificilmente voltará. Isto não acontece apenas com mães e filhos, mas qualquer parente, amigo ou vizinho. Conforme dados de O Globo no Brasil, em média, desaparecem uma pessoa desaparece à cada 11 minutos e a Abril apontou em 2013 que em um dia só em São Paulo este número chega a 57 pessoas. Alguns dos principais motivos são violência doméstica, dependência química e também doenças degenerativas e muitos desaparecidos acabam sendo vítimas de redes de tráfico de pessoas.

O tráfico de seres humanos é uma das atividades mais lucrativas para o crime organizado em escala mundial, atrás apenas do narcotráfico e do tráfico de armas conforme documentos da Organização das Nações Unidas - ONU[1][1]. Em muitos casos pessoas são traficadas de seus locais de origens para servir como escravos sexuais[2][2], crime que tem como uma de suas principais rotas, caminhos de saída, de mulheres e crianças, o Brasil[3][3]. A entidade internacional calcula que esta atividade gera um lucro de US$ 32 bilhões mundiais anuais e que 85% provêm da escravidão sexual[4][4]. Os Estados encontram dificuldades em combatê-lo, pois não debatem e nem esclarecem de forma eficaz, o problema nas escolas, setores de serviços públicos e mídia. O Tráfico de seres humanos se constitui em problema relativo ás áreas de Direitos Humanos e Política Internacional.

Uma dor silenciosa como citado acima porque poucos veículos de comunicação e figuras públicas dão atenção a estes acontecimentos. As pessoas que sofrem tais crimes muitas vezes não possuem a coragem de vir a público devido estresses psicológicos e principalmente ameaças contra si, familiares e amigos além de já terem sido estupradas, torturadas, forçadas a práticas de aborto e fome.

“As celebridades funcionam como uma espécie de ‘espelho’ para o público, que tende a copiar os seus comportamentos. A maneira de se vestir, de falar, de gesticular, mas também as opiniões sobre os mais diversos assuntos, desde preferências gastronômicas até posicionamentos políticos, influenciam socialmente. Sendo assim, a participação de celebridades em campanhas para a resolução de problemas sociais é um recurso utilizado com frequência. Elas podem, sim, participar de forma positiva numa campanha sobre o problema das pessoas desaparecidas. Eu diria mesmo que se trata até de uma obrigação essa participação, já que se trata de uma maneira das celebridades devolverem à sociedade, através de uma ação útil, toda a atenção que recebem”, explica o sociólogo Claudio Coelho, professor da Faculdade Cásper Líbero.

Para o lendário bicampeão mundial de boxe e membro do Hall da Fama Eder Jofre, 79, a questão é simples: “se a pessoa tem prestígio deve ajudar o próximo. Aprendi assim com meu pai (Aristides “Kid” Jofre). O Galo de Ouro é lembrado por se preocupar com crianças durante seu tempo de atleta e também como vereador.

Na mesma linha de pensamento está também o argentino bicampeão mundial Sergio “Maravilla” Martínez, 40. “É um tema que como argentino sempre penso nas Mães da Praça de Mãe e tudo que se passou durante aqueles anos (ditadura militar) e espero poder me dedicar mais a isto quando deixar de competir”. Para o atleta argentino o tráfico de seres humanos é algo aterrador contra o qual todos deveriam lutar para tentar mudar a situação atual. O mesmo ainda defende que famosos têm que participar de causas sociais para dar voz as pessoas afetadas e que sofrem em silêncio.

Poucas campanhas são feitas pelos desaparecidos e vítimas de tráfico no Brasil. Na grande maioria das vezes partem de iniciativas dos próprios parentes e amigos, sendo as mães as que mais se articulam. Porém a ausência de figuras reconhecidas – A mais ativa é a atriz Sonia Braga – dificulta o trabalho pelos anônimos, algumas celebridades apenas falam algo quando um parente some.

Para se informar mais sobre desaparecidos no Brasil acesse as páginas:

Desaparecidos do Brasil - http://www.desaparecidosdobrasil.org/

Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos - http://www.desaparecidos.gov.br/

Mães da Sé  - http://www.maesdase.org.br/Paginas/default.aspx

Instituto Ana Paula Impar - https://www.facebook.com/InstitutoAnaPaula.Impar?fref=ts

[1][1] http://www.unodc.org/unodc/en/about-unodc/speeches/speech_2000-11-28_1.html Acessado 15/09/2013 às 4h32.

[2][2] http://www.cnj.jus.br/programas-de-a-a-z/cidadania-direito-de-todos/trafico-de-pessoas Acessado 14/09/2013 às 23h34.

[3][3] http://portal.mj.gov.br/main.asp?View={02FA3701-A87E-4435-BA6D-1990C97194FE}&BrowserType=NN&LangID=pt-br&params=itemID%3D%7B4E437DFA-C23C-4C8F-BE18-5F8DA4F321C8%7D%3B&UIPartUID=%7B2218FAF9-5230-431C-A9E3-E780D3E67DFE%7D Acessado 13/09/2013 às 11h56.

[4][4] http://www.cnj.jus.br/programas-de-a-a-z/cidadania-direito-de-todos/trafico-de-pessoas  Acessado 14/09/2013 às 23h34.

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