Parou para ver Messi e Ronaldo? Viu Mbappé e Cavani. O dia começou com a projeção de um possível encontro entre os dois melhores do mundo na próxima fase, mas terminou com a certeza de que vão se encontrar no aeroporto.
Coisas do futebol, para não deixar de ser clichê. E por que não ser?
Analisemos por partes:
1 - Messi. O argentino tinha no Mundial da Rússia a derradeira oportunidade de colocar em sua prateleira de conquistas, talvez a única taça relevante que lhe falte: a Taça FIFA. Aos 31 anos e dando mostras de que seu relacionamento com a seleção nunca foi um primor, tenho dúvidas sobre a disposição do próprio Messi em disputar mais uma Copa.
Sua postura dentro de campo com a camisa da seleção é intrigante. Sonolento, sem reação, sem vibração. Se fosse o Neymar... Já sabe né?
Messi vai entrar para a história com a incrível marca de ser eleito cinco vezes o melhor do mundo, mas incapaz de conduzir a Argentina a dias melhores em mundiais. Sequer uma Copa América Messi conseguiu conquistar. É frustrante.
2 - CR7. Dentro da seleção portuguesa não há o mesmo tipo de cobrança que existe com Messi na Argentina. Portugal, com todo respeito, não chega perto dos nossos hermanitos quando o assunto é tradição no futebol. Com ou sem Cristiano, Portugal corre por um lugar ao sol, não quer de cara um Mundial. Apenas ser reconhecida como uma seleção de tradição e de força na Europa. Suas melhores participações lhes proporcionaram disputar o terceiro lugar, em 66 e 2006 (com Felipão no comando).
Ronaldo é o anti Messi quando o assunto é postura em campo. Diferente de seu habitual concorrente à Bola de Ouro, CR7 não se abate a cada gol sofrido, está sempre a incentivar os companheiros. E o principal: é capaz de reconhecer o esforço de cada um a seu lado, mesmo sabendo que não estão à sua altura. E ainda reconhecer a superioridade do adversário. CR7 sai de campo sempre de cabeça erguida. Postura!
3 - Neymar. Ué, o que Neymar tem a ver com isso? Isso mesmo, nada. Não venham com história de que, com as saídas de Messi e Ronaldo, a responsabilidade agora é toda de Neymar. Ele tem que fazer e tem que acontecer. Garanto a vocês Neymar fará o que puder dentro de campo para seguir com a seleção brasileira. Mesmo não estando com 100% de sua capacidade, já que ele ainda busca melhor ritmo de jogo. Mas, com paciência, ele chega lá.
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