Gosto das surpresas que a seleção de Tite anda oferecendo. O técnico da seleção mostra que sempre tem uma carta na manga. Aquela coisa de mudar o jogo, a dinâmica, sem necessariamente trocar alguma peça do time.
Contra a Rússia, sem Neymar, nos preocupamos se Coutinho daria conta do recado atuando por dentro e se Douglas Costa responderia à responsabilidade de substituir o camisa 10. Inquietude lógica pela expectativa pré-jogo.
No arrastado primeiro tempo contra os russos o Brasil decepcionou. Começou pressionando, mas não sustentou e deu chances ao adversário. Brasil foi envolvido em jogadas que proporcionaram infiltrações e ações pelos lados da nossa defesa. Preocupação!
Natural seria mexer na equipe. Buscar um equilíbrio e, por consequência, o resultado. Que veio, é verdade! Mas veio com mudança tática.
Philippe Coutinho e Paulinho atuaram com mais liberdade. Coube aos laterais não se aventurarem tanto para guarnecer o meio-campo dando suporte a Casemiro. Evitando assim que o volante do Real Marid ficasse sobrecarregado.
Brilhou Tite. Brilhou Paulinho.
O volante brasileiro tem características que poucos atacantes do país tem para cumprir a função: avança muito e com qualidade, se posiciona com precisão, além dos recursos de finalização, já que se apresenta sempre para arrematar de frente, recebendo aquele cruzamento rolado para trás, ou concluir de cabeça.
Na partida desta sexta foram, ao menos, quatro situações com protagonismo de Paulinho: duas desperdiçadas, um pênalti recebido e um gol marcado.
Foi a partir de Paulinho que o Brasil de Tite mudou o jogo e descomplicou a parada contra os russos. O camisa 15 foi bem, mas contra a Alemanha, certamente, precisaremos mais.
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