Técnicos já se destacaram em São Paulo e agora chamam atenção do Brasil.

Técnicos já se destacaram em São Paulo e agora chamam atenção do Brasil.

Duas torcidas vibrantes, dois estádios emblemáticos, cada qual com sua peculiaridade e momentos distintos vividos num domingo de futebol.

No Maracanã, tomado por mais de 60 mil torcedores, o Flamengo protagonizou uma grande festa.

O resultado, dois a zero contra o Inter, contrasta com a pressão vivida dez dias antes: protestos no aeroporto, agressão a jogadores e descontentamento.

Tudo tendo como estopim a ausência do time na decisão do campeonato estadual e a consequente queda do técnico Carpegiani. Depois a incerteza sobre a contratação de um novo comandante, as especulações sobre nomes e a insegurança de deixar o resgate do time nas mãos de um “novato”.

Entre aspas sim, já que Maurício Barbieri não é um novato. E sim um técnico novo. Mesmo na condição de interino, o jovem treinador mostra que é capaz de introduzir novas perspectivas e consertar o caminho para a alegria da nação. Ajustou o posicionamento, tornou o time mais compacto, com mais saída de bola e finalizando com mais qualidade.

Em São Paulo Barbieri fez trabalho de bom nível no Red Bull Brasil. Chamou atenção pela juventude. Tinha 34 anos quando classificou a equipe para as quartas de final do Paulistão. Enfrentou e foi derrotado pelo Corinthians do técnico Tite.

A partida terminou 4 x 0 para o Timão, numa das melhores apresentações coletivas daquele grupo alvinegro que jogou com Cássio; Fagner, Felipe, Yago e Uendel; Bruno Henrique, Giovanni Augusto, Elias, Guilherme e Lucca; André.

Na equipe de Barbieri alguns atletas experientes como o atacante Roger (hoje no próprio Corinthians), Thiago Galhardo (Vasco da Gama), Willian Magrão, Anderson Marques e o goleiro Saulo.

Depois de avançar à semifinal adivinhe só quem o Corinthians enfrentou? O Audax, então dirigido por Fernando Diniz, hoje técnico do Atlético Paranaense.

A diferença é que Diniz foi mais feliz no enfrentamento contra o atual técnico da seleção brasileira. Em partida emblemática, o time de Osasco empatou com o Corinthians por dois a dois e eliminou o Timão nas penalidades se classificando para a decisão do estadual.

O futebol do Audax era comentado na competição pelos mesmos motivos do Furacão de hoje em dia: troca de bola desde a saída no campo de defesa, fazer o adversário correr atrás da bola e abrir espaço para ataques mortais.

Foi assim que o time goleou o Palmeiras em Osasco na fase preliminar e eliminou o São Paulo nas quartas de final. Na decisão caiu para o Santos.

Sob o comando de Fernando Diniz apareceram naquele time o goleiro Sidão (SPFC), Camacho (Hoje no Atlético-PR depois de passar pelo Corinthians) e Tche Tche (Palmeiras).

O antagonismo vivido pelos treinadores em uma semana de 2016 foi repetido em um dia de 2018. Enquanto o Flamengo brilhou no Maracanã, o Atlético Paranaense sucumbiu pela primeira vez com Diniz, em plena Arena da Baixada.

O fato é que nada disso, nem 2016, nem domingo, altera a capacidade já demonstrada pelos treinadores. Diniz seguiu sua carreira com a mesma filosofia. Aliás, foi ela que o conduziu ao Atlético Paranaense.

Barbieri continuou sua peregrinação por clubes do interior. Comandou o Guarani e o Desportivo Brasil (clube ligado ao Shandong Luneng da China) até aceitar o convite para ser auxiliar do Flamengo. Talvez, com a expectativa de que uma oportunidade maior aparecesse. E apareceu.

Fotos: Gilvan de Souza/Site Oficial Flamengo e Reprodução/TV CAP (Via UOL)

 

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SOBRE O COLUNISTA

Formado em Comunicação Social - Jornalismo, pela Universidade Metodista, iniciou a carreira na Rádio ABC, passou pelo Portal Terra e Rádio Bandeirantes, onde desempenhou funções como repórter, editor, comentarista e apresentador nas editorias de Esporte e Geral.

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