Gostem ou não do Dunga, uma coisa é fato: sua estrela de vencedor. Dunga pode ser antipático com a imprensa, rancoroso com o passado, ter mania de perseguição, mas é competente. E cá entre nós: não precisa ser simpático com a imprensa. Educação é de cada um. Dunga tem seu jeito, então bola pra frente.

Desde seu retorno à seleção brasileira, Dunga acumula vitórias. Mais uma vez cala os críticos com resultados dentro das quatro linhas. Gostem ou não, os críticos mais ferrenhos terão de engoli-lo. Dunga já obteve vitórias importantes contra Argentina e mais recentemente a algoz França. Tudo isso após o maior vexame da história da seleção brasileira, na última Copa do Mundo.

Alguém dúvida da força do Brasil na próxima edição da Copa América e da estrela de Dunga para alcançar mais essa conquista? Eu não duvido e digo mais. Dunga tem tudo para chegar à Copa do Mundo de 2018, na Rússia, com uma campanha igual ou ainda melhor que a conquistada às vésperas do Mundial de 2010, na África do Sul.

Reitero o que escrevi na ocasião da volta de Dunga à seleção. Tite deveria ser o técnico. Por justiça e merecimento, pois é o melhor técnico do país há algum tempo. No entanto, Dunga foi o eleito pela CBF. Todos têm o direito de criticar e se revoltar com a escolha, mas a linha de pensamento deve ser justa.

Com Dunga, o Brasil tem um estilo de jogo diferente. Depois da terra arrasada no último Mundial, o treinador assumiu com a missão de resgatar a autoestima da seleção e reinventar o time canarinho. E tem conseguido...

A maior virtude de Dunga é adotar a forma de jogar sem um camisa nove fixo. Sem opções de artilheiro de área, o famoso matador, o treinador acerta em montar um time mais leve e rápido. Os resultados provam que Dunga está no caminho certo.

Assim, a seleção não fica refém de jogadores como Fred e Luis Fabiano, que com o passar do tempo ficaram mais lentos e menos produtíveis. O futebol moderno pede mais participação e intensidade também dos atacantes. Dunga acerta em mais essa escolha à frente da seleção brasileira.

Estou fechado com o Dunga. Não seria meu treinador, é fato, mas tem conquistado vitórias importantes e resgatado o moral da seleção e do torcedor brasileiro. Não sou revanchista. Torço por ele e pelo sucesso da seleção.

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Foto: UOL