O São Paulo se acostumou a perder. Seja no Morumbi ou longe de casa, a derrota causa incomodo, mas nada como o dia seguinte para amenizar a dor e renovar as esperanças por dias melhores.
No entanto, não se pode pensar assim. O Tricolor é gigante para aceitar passivamente as eliminações. O time caiu dessa na Copa do Brasil. Perdeu a vaga para o Atlético-PR, que mereceu a conquista, pois foi melhor e mais eficiente nos dois jogos.
Para o São Paulo ficou mais uma frustração e restam agora duas competições na temporada: Brasileirão e Sul-Americana. A competição internacional, inclusive, é a única chance de o Tricolor conquistar um título, uma vez que numa competição por pontos corridos como o nacional, o clube será apenas coadjuvante, não tem como ser diferente.
Mais do que mirar um título na temporada, o São Paulo precisa se reerguer moralmente. Não apenas com uma oxigenação em sua cúpula com a troca de cartolas, o que é surreal acreditar que aconteça num futuro próximo, mas, sobretudo na busca pela dignidade que se perdeu no passado.
A torcida tricolor, que busca carregar o time nas costas, ilude-se com atuações pífias do time. Comemora-se hoje raça e vontade. Carrinho e divididas são festejadas como gol. Mas e títulos? Por ora, respira-se aliviado diante da transpiração do time dentro das quatro linhas.
O São Paulo precisa voltar a pensar grande. Se a cúpula tropeça na gestão e faz com que o time fique fadado às derrotas em casa e fora dela, o torcedor precisa se reposicionar. Assistir antigas conquistas do clube e entender que o São Paulo precisa e merece mais. A cobrança tem de ser num nível altíssimo. Não se pode aceitar “derrotas honrosas”.
O Tricolor atualmente é coadjuvante nas competições que disputa. Tem camisa, tem tradição, mas não tem um planejamento para o departamento de futebol. O projeto em andamento há alguns anos no São Paulo visa apenas o poder e, deste quesito, tem conseguido êxito.
O clube tem um treinador que chegou há pouco e busca ainda um time. O calendário joga contra o treinador, assim como os resultados. A pressão faz parte e pode derrubar daqui a pouco Diego Aguirre, afinal no momento da derrota é preciso encontrar culpados.
No caso da diretoria do São Paulo, a ordem é terceirizar a culpa. Além de Aguirre, que se cuidem Raí, Ricardo Rocha, Diego Lugano e por aí vai...
Ninguém está seguro na nau tricolor, já à deriva há alguns anos.
O São Paulo precisa voltar a pensar grande e isso tem de partir do seu torcedor...
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Foto: Divulgação
Paulistano com muito orgulho, Salgueiro, como é conhecido, é pisciano, jornalista diplomado, repórter fuçador, irriquieto e um cidadão inconformado. Engatinhou na profissão na Rádio CBN, onde aprendeu muito no rastreio das informações. Depois seguiu para a imprensa escrita, no DIÁRIO POPULAR, que virou mais tarde DIÁRIO DE SÃO PAULO, permanecendo por lá 14 anos. Nos últimos anos colaborou com v&a... Saiba Mais
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