O acordo de cavalheiros entre Corinthians e Palmeiras, que prevê cada clube pagando os possíveis estragos realizados pelos seus torcedores nas Arenas é salutar, demonstra a boa relação entre os rivais, mas é um erro.
Quem tem que pagar a conta por destruição do patrimônio do clube é o torcedor que tem tal atitude. Não se pode jogar a conta para o clube. Isso é mais uma irresponsabilidade com o dinheiro da agremiação.
Neste domingo, o Palmeiras perdeu para o Corinthians, na arena alvinegra. A torcida do Palmeiras, inconformada e escorada no ódio ao rival, quebrou inúmeras cadeiras do novo estádio corintiano.
A conta será enviada ao Palmeiras, que arcará com o prejuízo. Os torcedores palmeirenses, inclusive, debochavam na saída do estádio, dizendo para mandar a conta para Paulo Nobre, presidente alviverde.
Explica-se: Os torcedores, muitos deles ligados às organizadas do clube, estão em pé de guerra com o presidente alviverde, que cortou as “mamatas” das facções, que ganhavam ingressos entre outras facilidades dentro do clube.
No jogo do returno, no dia 26 de outubro, no Allianz Arena, o Corinthians terá de arcar com os custos de possíveis depredações dos torcedores ao patrimônio alviverde. E será assim a cada clássico entre os rivais.
Os torcedores não podem passar impune a depredações assim. Seja de qual clube for, é preciso que cada um pague a conta e seja responsável pelos seus atos.
Duvido que entre os dois mil torcedores palmeirenses presentes à Arena Corinthians muitos sejam ligados ao plano de sócio torcedor do clube. A maioria é ligada as facções, então a conta deveria ser enviada para estas organizadas, que tem sede e inscrição estadual.
A decisão das diretorias dos clubes, de cobrir os custos dos danos causados pelos seus torcedores, é mais um aval dado a estes bandidos travestidos de torcedores para quebrar patrimônio, neste caso, particular.
Passou da hora de enquadrar estes marginais. Se a Lei impede de manter estes torcedores presos, então que ao menos sejam cobrados deles os danos causados nas arenas e fora delas.
Repudio o acordo entre os clubes. A decisão é equivocada e só fará com que as depredações não parem já que, além da rivalidade idiota do futebol atual, os torcedores sabem que nada sofrerão diante de uma depredação ao estádio rival.
A pergunta é a seguinte: Quantas cadeiras serão quebradas no Allianz Parque?
Twitter: @salgueirofc
Foto: UOL
Paulistano com muito orgulho, Salgueiro, como é conhecido, é pisciano, jornalista diplomado, repórter fuçador, irriquieto e um cidadão inconformado. Engatinhou na profissão na Rádio CBN, onde aprendeu muito no rastreio das informações. Depois seguiu para a imprensa escrita, no DIÁRIO POPULAR, que virou mais tarde DIÁRIO DE SÃO PAULO, permanecendo por lá 14 anos. Nos últimos anos colaborou com v&a... Saiba Mais
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