Treinador argentino teve respaldo da diretoria alviverde, mas não conseguiu os resultados esperados. Troca acontece na hora certa

Treinador argentino teve respaldo da diretoria alviverde, mas não conseguiu os resultados esperados. Troca acontece na hora certa

O Palmeiras demitiu de forma acertada nesta segunda-feira o técnico Ricardo Gareca. Com o time a um ponto da zona do rebaixamento no Brasileirão e com um futebol pobre e sem vitórias, o treinador acabou dispensado.

Muitos podem criticar a decisão do presidente Paulo Nobre e seus pares, já que a troca do treinador nem sempre é a saída plausível no momento de crise, mas é fato que o time precisava de um novo comandante.

Nada contra Gareca, que é um sujeito vencedor em seu país e um cara sério no trabalho do dia a dia, mas o Palmeiras parte em busca de uma virada no momento certo.

O primeiro turno do nacional termina no próximo final de semana e o Palmeiras precisa reagir. Com Gareca, o time não vinha mostrando poder de reação. A realidade é cruel e os números também.

Em 27 pontos disputados no nacional, Gareca conseguiu apenas quatro. Foram sete derrotas, um empate e uma única vitória.

No total, o treinador esteve no comando da equipe por 13 partidas, incluindo um amistoso pela Copa EuroAmericana (diante da Fiorentina) e três duelos pela Copa do Brasil.

A passagem do treinador pelo clube se encerra com apenas quatro vitórias, um empate e oito derrotas e um aproveitamento pífio de 33%. Os números comprovam que a demissão tinha mesmo de acontecer.

O Palmeiras é um clube traumatizado. Com dois rebaixamentos nos últimos anos, a lanterna do nacional e a zona de rebaixamento trouxeram calafrios aos palmeirenses.

Gareca teve o apoio necessário da diretoria, mas a posição do time na tabela derrubou o treinador. E classifico como acertada sua saída, pois Nobre e seus pares não poderiam assistir passivamente a permanência do time na zona da degola.

Vale lembrar que o São Paulo agiu desta maneira no ano passado, quando viu de perto por muitas rodadas o fantasma do rebaixamento no Brasileirão.

Na virada do returno, Juvenal Juvêncio demitiu Paulo Autuori, trazendo Muricy Ramalho e conseguiu fazer com que o time reagisse no returno, escapando do rebaixamento.

A saída de Gareca acontece no momento certo. O Palmeiras não poderia esperar mais por uma reação que não vinha acontecendo. O nome do novo treinador já deve estar sobre a mesa de Paulo Nobre se é que já não foi até contratado, o que é normal no meio do futebol, mas a troca é que deve ser ressaltada neste momento.

Nobre tentou com um argentino competente e promissor no comando, mas não teve sucesso. Valeu pela tentativa. A missão agora é fugir da degola no nacional, seja com um técnico badalado ou não.

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Foto: Cesar Creco / Divulgação

SOBRE O COLUNISTA

Paulistano com muito orgulho, Salgueiro, como é conhecido, é pisciano, jornalista diplomado, repórter fuçador, irriquieto e um cidadão inconformado. Engatinhou na profissão na Rádio CBN, onde aprendeu muito no rastreio das informações. Depois seguiu para a imprensa escrita, no DIÁRIO POPULAR, que virou mais tarde DIÁRIO DE SÃO PAULO, permanecendo por lá 14 anos. Nos últimos anos colaborou com v&a... Saiba Mais

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