Passo a passo, os equívocos cometidos pelo Palmeiras, que culminaram com a eliminação do time na Libertadores e o término da temporada do clube ainda no mês de agosto. Confira!

Passo a passo, os equívocos cometidos pelo Palmeiras, que culminaram com a eliminação do time na Libertadores e o término da temporada do clube ainda no mês de agosto. Confira!

- Palmeiras termina o ano campeão brasileiro, mas com a Libertadores em pauta. A obsessão da diretoria contamina o torcedor, injetando uma pressão desmedida e irresponsável sobre o time;
 
- Clube erra na escolha do substituto de Cuca. Aposta no novato Eduardo Baptista, entrega a ele o planejamento da temporada e, meses depois, dispensa o treinador, justamente após aceno de Cuca, de que estaria disposto a voltar a trabalhar, após alguns meses “sabáticos”;
 
- Contratações efetuadas sob o aval de Eduardo Baptista. Jogadores caros como Borja e Felipe Melo, tudo para alimentar a obsessão pela Libertadores. Escorado nos milhões do patrocinador, departamento de futebol trabalha na busca por talentos, estrelas e craques e esquece a montagem do Palmeiras como time, um erro crasso no futebol atual;
 
- Com Cuca de volta, tudo “resolvido”. Diretoria enaltece a volta do treinador campeão e torcida respira aliviada. Obsessão pela Libertadores é ainda mais alimentada. O time não reage num primeiro momento. Sob pressão, equipe consegue algumas vitórias no nacional, porém Cuca sente a pressão e entra em rota de colisão com jogadores: afasta Felipe Melo, encosta Borja e busca formar um time, o que deveria ser feito no início do ano. Palmeiras entra em parafuso e crise mina elenco e comissão técnica;
 
- Felipe Melo, contratado para ser o “pitbull” da Libertadores e a dose de experiência do time no torneio continental, sente a perda de espaço com o treinador e roe a corda. Agita o ambiente e explode uma crise interna. Acaba afastado do elenco, mas segue no clube;
 
- Planejamento equivocado. Obsessão pela Libertadores da América e Brasileirão usado “apenas” como mais uma competição, de olho nos jogos do torneio continental. Um erro enorme de avaliação.
 
- Pela força do elenco, Brasileirão, sim, deveria ser a obsessão, uma vez que a competição por pontos corridos premia o clube mais estruturado e com elenco mais numeroso. No nacional, Palmeiras poderia nadar de braçadas. Já a Libertadores, na fase de mata-mata, coloca qualquer time na berlinda. E isso aconteceu com o Palmeiras e seu malfadado planejamento. A bola pune.
 
 
Twitter: @salgueirofc
 
Foto: UOl

SOBRE O COLUNISTA

Paulistano com muito orgulho, Salgueiro, como é conhecido, é pisciano, jornalista diplomado, repórter fuçador, irriquieto e um cidadão inconformado. Engatinhou na profissão na Rádio CBN, onde aprendeu muito no rastreio das informações. Depois seguiu para a imprensa escrita, no DIÁRIO POPULAR, que virou mais tarde DIÁRIO DE SÃO PAULO, permanecendo por lá 14 anos. Nos últimos anos colaborou com v&a... Saiba Mais

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