Violência no Uruguai revela o quanto o torneio continental está atrasado se comparado aos grandes eventos europeus. Falta estrutura, organização, mas principalmente moralidade... Opine!

Violência no Uruguai revela o quanto o torneio continental está atrasado se comparado aos grandes eventos europeus. Falta estrutura, organização, mas principalmente moralidade... Opine!

A Libertadores da América revelou nesta quarta-feira, de novo, seu lado mais obscuro. A emboscada armada para o time do Palmeiras, ao final do jogo diante do Peñarol, no Uruguai, prova que a impunidade corre solta no futebol sul-americano e, por isso, tudo de pior acontece no torneio continental.

Jogadores e comissão técnica do Palmeiras ficaram acuados ao final do jogo, dentro do campo, sem poder descer ao vestiário, expostos à ira dos uruguaios. Ficou escancarado que foi algo premeditado pelos clube uruguaio e que aconteceria mesmo se o Peñarol vencesse a partida. Algo surreal em se tratando da principal competição da América do Sul.

E algo impensável também de acontecer, por exemplo, na Liga dos Campeões, que é a principal competição de clubes da Europa. A Libertadores escancara a falta de educação do continente sul-americano e a impunidade que impera nas relações clubes x Conmebol.

A briga dentro de campo se estendeu às arquibancadas, onde os poucos torcedores do Palmeiras passaram a se confrontar com os torcedores locais. A ausência da polícia chamou atenção, assim como a presença de seguranças que estavam no local, mas para engrossar o confronto. Um absurdo.

A Conmebol deve ser posicionar. Uma pena administrativa pode e deve se ser aplicada ao Peñarol. Até mesmo o Palmeiras poderá sofrer punição, o que seria insensato por parte da entidade.

No entanto, a pergunta que fica é a seguinte: até quando a Libertadores da América será assim? O torneio continental oferece guarida à truculência aos adversários e a absolvição aos agressores. É um torneio que tem glamour, é visto como obsessão pelos clubes brasileiros, mas não merece tal posto.

A Libertadores da América é uma vergonha continental. Uma competição que serve apenas para revelar a má educação do continente ao mundo. O torneio precisaria passar por uma profunda mudança. Quando peço isso, não me refiro à mudança de tabela, de clubes ou de estádios, mas sim um banho de moralidade. Como isso não é possível, a Libertadores seguirá sendo a Libertadores. Uma competição que privilegia a violência e a selvageria e com muita gente batendo palmas e achando o máximo. Uma pena...

 

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Foto: UOL

 

 

SOBRE O COLUNISTA

Paulistano com muito orgulho, Salgueiro, como é conhecido, é pisciano, jornalista diplomado, repórter fuçador, irriquieto e um cidadão inconformado. Engatinhou na profissão na Rádio CBN, onde aprendeu muito no rastreio das informações. Depois seguiu para a imprensa escrita, no DIÁRIO POPULAR, que virou mais tarde DIÁRIO DE SÃO PAULO, permanecendo por lá 14 anos. Nos últimos anos colaborou com v&a... Saiba Mais

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