Convido os amigos a refletir sobre uma pergunta que já tem resposta imediata: O técnico Dunga é o grande culpado da derrocada brasileira na Copa América? Antes de responder de bate e pronto, reflita, pense e se questione. Se fosse outro treinador, o resultado seria diferente? O Brasil eliminado na principal competição sul-americana não é a mesma seleção em 100% que foi eliminada de forma vexatória na última Copa do Mundo, mas é a mesma geração mediana que tem acumulado vexames com a amarelinha.
Cada um tem sua convicção e não tenho a pretensão de mudar a resposta de ninguém, até porque no futebol todos são especialistas e entendem mais que os treinadores e os comentaristas de plantão.
No entanto, existem realidades que saltam aos olhos e, portanto, estão acima de qualquer polêmica. A presença de Neymar é uma delas. A seleção é dependente do craque. Acredito que isso não cause dúvidas, tampouco discussão.
Porém, defendo que mesmo com Neymar a seleção não se torna um grande time. Com ele, ganha em talento, ousadia e gols. No entanto, fica longe ainda de ser uma equipe forte e encorpada. Isso acontece porque os companheiros não estão no mesmo nível de Neymar e muitos deles estão alguns degraus abaixo dele, por isso, a fragilidade da atual seleção brasileira.
Com Dunga, o Brasil foi competitivo por dez jogos. Venceu adversários importantes, como França e Argentina, mas naufragou na Copa América. Como de costume por aqui, é preciso encontrar culpados a cada derrota. E a arrogância do brasileiro em acreditar que aqui ainda é praticado o melhor futebol do planeta faz com que o treinador seja sempre apontado como o grande culpado.
Já escrevi neste espaço e repito: Dunga não seria meu treinador para a seleção brasileira. No entanto, não imagino um outro treinador à frente da seleção brasileira alcançando resultados melhores. A conclusão é essa, pois entendo que a atual geração do futebol brasileiro é apenas mediana, bem distante da época de ouro do futebol tupiniquim.
Seria preciso que o treinador da seleção brasileira tivesse tempo e apoio para formar um time forte. Que ele contasse sim com a genialidade de Neymar, mas que o craque tivesse à disposição uma equipe preparada e obediente taticamente. Só assim o Brasil poderia fazer frente as seleções rivais e cumprir um bom papel na Copa do Mundo de 2018, na Rússia.
Do jeito que está, o Brasil passará sufoco já nas eliminatórias para o próximo mundial, seja com qual treinador estiver no comando. Isso é fato, só não enxerga quem não quer.
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Foto: UOL
Paulistano com muito orgulho, Salgueiro, como é conhecido, é pisciano, jornalista diplomado, repórter fuçador, irriquieto e um cidadão inconformado. Engatinhou na profissão na Rádio CBN, onde aprendeu muito no rastreio das informações. Depois seguiu para a imprensa escrita, no DIÁRIO POPULAR, que virou mais tarde DIÁRIO DE SÃO PAULO, permanecendo por lá 14 anos. Nos últimos anos colaborou com v&a... Saiba Mais
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