Os estaduais chegaram ao fim. Os campeões já são conhecidos e agora as atenções voltam para o Brasileirão, que começa no próximo final de semana. Os estaduais não me atraem. Não à toa, refiro-me ao campeonato paulista como “Paulistinha”. Não se trata de provocação, apenas uma forma de chamar o campeonato de acordo com sua importância atual.
Durante o Programa Depois do Jogo, deste domingo, no Bandsports, debatemos os estaduais. Defendi a volta do Rio-São Paulo. Acredito que seria mais rentável aos grandes do eixo Rio-São Paulo. Quando faço isso, não sou elitista, tampouco defendo apenas os interesses das grandes agremiações.
É que os milhões gastos por Palmeiras, Corinthians, São Paulo e Santos devem ser respeitados. Estes clubes estão num patamar muito acima e não podem ficar confinados a disputa estadual por três meses, apenas para sustentar o estadual e atender as federações. Cada clube com sua realidade.
É possível, sim, promover um Rio-São Paulo e seguir com o estadual com as demais equipes do interior do estado. Este seria um modelo mais real e sensato com a realidade atual dos clubes.
No entanto, é claro que existem estaduais que mantêm ainda suas forças e não devem ter o fim cogitado. Por exemplo, o futebol paraense. A final envolveu Paysandu x Remo. O Papão terminou campeão. O estadual de lá tem ainda muito apelo. Por isso, deve-se seguir, sem sustos.
Agora, aqui, no “eixo”, os campeonatos paulista e carioca só ganham destaque nos clássicos e no mata-mata final. A mesma coisa acontece nos estaduais mineiro e gaúcho. É muito pouco.
O futebol brasileiro precisa se reorganizar e oferecer estrutura para as demais séries das competições estaduais e nacionais, que empregam milhares de jogadores e fazem os clubes menores se manter na ativa. Essa é a uma saída viável e sensata.
É preciso que as demais divisões nacionais, por exemplo, tenham mais apoio e atenção e até mesmo uma série E seja lançada para que os clubes de norte a sul do país sejam abraçados e atendidos pelo calendário.
O que não se pode é jogar as mazelas dos estaduais nas costas dos chamados grandes. A realidade deve ser respeitada. Que todos os clubes tenham a atenção necessária, mas cada um jogue o campeonato que merece.
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Foto: UOL
Paulistano com muito orgulho, Salgueiro, como é conhecido, é pisciano, jornalista diplomado, repórter fuçador, irriquieto e um cidadão inconformado. Engatinhou na profissão na Rádio CBN, onde aprendeu muito no rastreio das informações. Depois seguiu para a imprensa escrita, no DIÁRIO POPULAR, que virou mais tarde DIÁRIO DE SÃO PAULO, permanecendo por lá 14 anos. Nos últimos anos colaborou com v&a... Saiba Mais
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