Após saída de Fernando Diniz do Guarani, com um mês de trabalho, rumo ao Atlético-PR, admito que vou pensar duas vezes antes de criticar os dirigentes diante do imediatismo dos resultados e das demissões seguidas dos treinadores. É chumbo trocado. Todos, sem exceção, compactuam com este triste cenário que atrasa o futebol brasileiro. Opine!

Após saída de Fernando Diniz do Guarani, com um mês de trabalho, rumo ao Atlético-PR, admito que vou pensar duas vezes antes de criticar os dirigentes diante do imediatismo dos resultados e das demissões seguidas dos treinadores. É chumbo trocado. Todos, sem exceção, compactuam com este triste cenário que atrasa o futebol brasileiro. Opine!

Sou um dos muitos jornalistas que criticam de forma impiedosa o imediatismo que toma contamina as ações dos dirigentes-torcedores que comandam o futebol brasileiro. A cada sequência de derrotas ou perda de campeonatos, os engravatados demitem o treinador, abrindo mão de convicções e planejamentos, como se o técnico fosse o grande e único culpado pela derrocada do clube.

Sem choro, nem vela...

No entanto, quando vejo Fernando Diniz abandonar o Guarani com um mês de trabalho, rumo ao Atlético-PR, admito que fico sem palavras, ou melhor, sem argumentação para defender a classe. Sim, havia um adendo no contrato que liberava Diniz de forma imediata, mediante o convite de um clube da Série A nacional. O treinador fez valer o que rezava no contrato, normal...

No entanto, para mim cai por terra a máxima de que o treinador precisa de tempo para desenvolver todo o seu trabalho à frente de um time de futebol. Isso poderia ser feito no Guarani, mas não foi porque Diniz preferiu o Atlético. Isso é da vida, do futebol, do profissional. Sem demagogia, talvez eu faria o mesmo.

 

Agora, admito que vou pensar duas vezes antes de criticar os dirigentes diante do imediatismo dos resultados e das demissões seguidas dos treinadores. É chumbo trocado. Todos, sem exceção, compactuam com este triste cenário que atrasa o futebol brasileiro. Não tem herói nessa história, só vilão.

Não serei revanchista, até porque não conheço Fernando Diniz, apenas aprecio apenas o seu trabalho e suas convicções de futebol. Portanto, que ele tenha sucesso no time paranaense e que o Guarani busque um novo treinador e siga sua vida.

Mas ressalto que vi esse filme recentemente, quando Guto Ferreira deixou um Bahia em ascensão, na Série A do futebol brasileiro, seduzido pelo projeto do Internacional, então na Série B do Brasileirão. Antes mesmo do final do nacional, o Colorado, à beira do acesso, demitiu o treinador, assim como Guto havia feito com o Bahia, para não pagar multa que o “protegia”. Coisas do futebol brasileiro. Como disse acima: chumbo trocado. Eles se merecem...

 

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Foto: UOL

SOBRE O COLUNISTA

Paulistano com muito orgulho, Salgueiro, como é conhecido, é pisciano, jornalista diplomado, repórter fuçador, irriquieto e um cidadão inconformado. Engatinhou na profissão na Rádio CBN, onde aprendeu muito no rastreio das informações. Depois seguiu para a imprensa escrita, no DIÁRIO POPULAR, que virou mais tarde DIÁRIO DE SÃO PAULO, permanecendo por lá 14 anos. Nos últimos anos colaborou com v&a... Saiba Mais

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