Futebol europeu leva mais uma vez a melhor na disputa entre os campeões dos continentes e mantém supremacia difícil de ser quebrada

Futebol europeu leva mais uma vez a melhor na disputa entre os campeões dos continentes e mantém supremacia difícil de ser quebrada

O feito do Corinthians bicampeão do Mundo em 2012 do Mundial de Clubes da Fifa foi uma conquista que será difícil de ser repetida por um clube sul-americano. O futebol europeu domina o cenário de títulos no Japão, o que deixa a América do Sul na condição de coadjuvante no duelo entre os continentes.

A disparidade de talentos e a forma de jogar apresenta um abismo entre os clubes europeus e sul-americanos. Não à toa, o Real Madrid conquistou o título Mundial deste ano e o Atlético Nacional da Colômbia, o grande vencedor da Libertadores da América, terminou apenas na terceira colocação.

O time colombiano frustrou o continente sul-americano ao tropeçar para o frágil, porém aplicado Kashima Antlers, do Japão, na semifinal.

O cenário de conquistas dos clubes europeus não deve mudar num curto espaço de tempo. Os times de lá esbanjam jogadores talentosos de todas as nações e exibem uma forma moderna e muito eficiente de jogar.

Por outro lado, o futebol sul-americano sente o peso da ausência dos talentos, justamente transferidos em sua maioria para o futebol do Velho Continente. A forma de atuar dos clubes também deixa a desejar, sobretudo quando envolve clubes brasileiros.

A supremacia europeia se acentuou nos últimos quatro anos com as conquistas de Bayern de Munique (2013), Real Madrid (2014/16) e Barcelona (2015). Das últimas conquistas, com exceção do Bayern, que superou o Raja Casablanca (MAR), os demais campeões superaram clubes sul-americanos.

O predomínio europeu só poderá ser quebrado graças o futebol oferecer a chance de um clube se defender e jogar pela chamada “uma bola”. Desta forma vejo chance de um clube sul-americano voltar a triunfar no Mundial.

No entanto, a tendência é que o clube campeão da Liga dos Campeões também triunfe no final do ano, no Japão. E sem sustos.

A fórmula de disputa do Mundial apresenta todo ano muito equilíbrio na semifinal envolvendo sul-americanos, mexicanos e asiáticos. Já o clube europeu passa com mais facilidade em seu único jogo antes da decisão.

O cenário só poderá ser mudado, caso o futebol sul-americano busque uma gestão mais moderna, além de uma forma de jogar mais próxima a dos clubes europeus. No entanto, como isso é difícil de acontecer, até pela falta de vontade e interesses que imperam nos clubes e entidades, a tendência então é que o quadro atual não se modifique tão cedo.

 

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Foto: UOL

SOBRE O COLUNISTA

Paulistano com muito orgulho, Salgueiro, como é conhecido, é pisciano, jornalista diplomado, repórter fuçador, irriquieto e um cidadão inconformado. Engatinhou na profissão na Rádio CBN, onde aprendeu muito no rastreio das informações. Depois seguiu para a imprensa escrita, no DIÁRIO POPULAR, que virou mais tarde DIÁRIO DE SÃO PAULO, permanecendo por lá 14 anos. Nos últimos anos colaborou com v&a... Saiba Mais

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