O rádio e o jornal sempre foram apontados como o os "patinhos feios" do mercado publicitário. Foto: Reprodução

O rádio e o jornal sempre foram apontados como o os "patinhos feios" do mercado publicitário. Foto: Reprodução

Claro que a crise que assombra o mundo, e principalmente o nosso país é gigante, afinal há pouco tempo éramos emergentes, hoje as grandes, médias ou micro empresas passam por dificuldades, isso se não quebraram. Quando a gente se depara com Grupos de Comunicações conceituados diminuindo drasticamente seus quadro de profissionais, cortando gastos, demitindo, congelando, trocando o experiente pelo recém formado, ou pelo estagiário ganhando um terço do antecessor fica clara que a situação é pra lá de preocupante.

O rádio e o jornal sempre foram apontados como o os "patinhos feios" do mercado publicitário, sempre foi assim. A verba destinada em campanhas sempre olharam para a TV, geralmente com cotas generosas pra um determinado grupo, a exceção vem das verbas de governos que são fatiadas e bem vindas. O crescimento da internet e outras plataformas diminui ainda mais grandes anunciantes do rádio. Como ele vai sobreviver diante desse quadro? Sinceramente não dá pra saber, mas a coisa vai ficar pra lá de preta pois mês a mês a conta não fecha. Aquele rádio de qualidade e credibilidade ainda existe, mas são poucas empresas que consegue manter esse padrão no entretenimento, jornalismo ou esporte. A qualidade e conteúdo caíram drasticamente em todos os setores do rádio, não há a mesma preocupação de anos anteriores, tendo dinheiro até fanho ou gago fala no rádio hoje em dia, matar a língua portuguesa então é comum, assim como ouvir palavrões de uma forma natural.

Rádio sem dinheiro não dá.... corta daqui, de lá, demite enxuga e de quebra o número de ouvintes vai caindo mais drasticamente que as verbas publicitárias. Nomes como convergência de mídia, profissional multimídia seguem na moda. O futuro está na internet, mas como se pra investir na internet as emissoras ainda não encontraram um retorno positivo. Rádio é imagem faz tempo, mas e o retorno em um eventual investimento, vale a pena investir na incerteza da entrega do produto? Isso sem contar nos gestores ruins que não são ou não entendem do meio rádio, esses eu chamo de JJs (jestores com Jota mesmo) que existem aos montes. Vender é preciso e recuperar o rádio em um ano de Copa do Mundo e Eleições é mais que necessário. Ou a economia melhora, ou grandes emissoras vão ficar médias e as médias pequenas e as pequenas serão arrendadas. Departamentos de esportes ou de jornalismo das emissoras correm o risco de arrendamento ou extinção, departamentos comerciais já foram modificados inúmeras vezes e nada... O conteúdo das emissoras tradicionais mudaram. As que não tocavam músicas, passaram a tocar, as que não tocavam músicas de determinado segmentos, passaram a tocar e outras mudanças devem vir. 2018 será o ano em que o rádio vai tentar se adaptar ao mercado, mas se o mercado (leia-se economia) não melhorar, sinceramente ele vai declinar ainda mais. O investimento não vai existir, ações podem ser negociadas e o pior as temíveis demissões vão continuar. Ou vai ou literalmente racha!

Como sempre falo, o rádio segue respirando por aparelhos, apesar dos pesares, Viva o Rádio!

SOBRE O COLUNISTA

Apresentador e repórter na empresa RIT TV, editor do blog Cheni no Campo e colunista na empresa Portal Comunique-se.

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